quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Da alimentação

Helena começou a comer super bem. O primeiro filminho dela que o diga. Mas agora as coisas estão caminhando meio devagar e a boca começou a se fechar... Não sei se o motivo da recusa se deve ao fato de eu estar dando comida industrializada para ela. É que estávamos com viagem marcada (acabou não dando certo) e eu queria que ela comesse uma ou outra papinha industrializada para não estranhar muito a mudança.
Hoje, no entanto, dei novamente uma papinha feito por mim, mas, apesar de no começo ela estar bem empolgada, a boca foi ficando cada vez menor, até parar de abrir por completo (e a porçãozinha dela ainda longe de terminar)...

Até agora, estas foram as papinhas da Helena (sempre dou um mesmo sabor por 4 dias seguidos, antes de incluir algo novo):
- cenoura
- cenoura e batata
- cenoura, batata e carne
- cenoura, batata, abobrinha e carne
- batata, carne e ervilha
- batata, carne e milho
- batata, milho e frango
- batata, cenoura e frango

A escolha da ervilha e do milho (que para mim são legumes meio exóticos para este iníciozinho) se deu pelo fato de o país que iriamos visitar costuma ter papinhas nestes sabores, então quis já acostumá-la um pouco aos gostos locais. E foi um sucesso, a papinha que ela mais gostou até hoje foi a de batata, carne e ervilha (ah, ervilha fresca, não a de lata!).

Agora não sei se hoje ela não comeu por "temer" que fosse a de potinho de novo, se não está gostando muito do frango que estou dando nos últimos dias, se errei na consistência e se ela ficou grossinha demais, se é fase ou se agora que ela já sabe o que é comer não tem mais tanta graça...
Alguém passou por algo assim também?


segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Um dois....

Este é um post rápido para dizer que ouvir 439234098 vezes o CD do palavra cantada não foi em vão!

Tudo começou com um buraco enorme que tinha no caminho para a escolinha da Sophia.
Claro que ficamos lá um tempão admirando o lindo buraco, Sophia tentando chegar cada vez mais perto dele e eu dizendo: não vá pra perto do buraco.
Ficamos nesta lenga-lenga, a Sophia indo, eu avisando, ela perguntando porque não, eu respondendo porque sim, até que uma hora eu disse: o buraco é fundo!
E ela, imediatamente: acabou-se o mundo!

Achei tão fofo que comecei:
hoje é domingo
e ela responde: pé de cachimbo
eu: o cachimbo é de barro
e ela: bate no jarro
E daí continua sozinha:  o jarro é de ouro, bate no touro,. o touro é valente, machuca a gente, a gente é fraca cai no buraco, o buraco é fundo, acabou-se o mundo!!

A primeira parlenda! Não é fofo demais?

Aí eu digo: um dois
e ela: feijão com arroz
e para arrasar com o coração da mamãe aqui, ela já continuou com o 3,4, o 5,6 e foi bonitnho até o comer pastéis!!!
E ainda cantou mais uma vez a música preferida dela no momento: "Alecrim, alecrim dourado, que nasceu no campo sem ser semeado....."

Fiquei realmente feliz de vê-la. Afinal mãe de filho bilíngue muitas vezes tem que se contentar com  as fofurices no idioma mais forte (que no nosso caso é o alemão), então é ainda mais emocionante ouvi-la cantando e recitando parlendas em português do Brasil, com sotaque carregadão do Paraná :-)

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Foi um pouco chato, né mamãe?

Tinha falado no post anterior que eu tinha tido uma noite horrível. Com muita dor de cabeça, dor de ouvido, poucas horas (ou teriam sido apenas minutos?) de sono e aquela sensação horrorosa de que estava ficando bem doente.

Quando acordei, ainda pensei: vou tomar muito chá, mel, limão e todas aquelas coisas que a gente faz quando se está gripado (e não se pode tomar remédio devido à amamentação). Uma amiga passou em casa, me deixou um líquido engraçado para ensopar um pano e embrulhar no pescoço, para tirar a dor, mas ainda assim eu não estava me sentindo bem.

Mas quando notei que estava ficando com febre, resolvi dar uma passadinha no banheiro e dar uma espiadinha na minha garganta, usando o espelho do banheiro. Levei um belo susto. Minha garganta parecia carnaval, com vários pontinhos brancos de pus.

Daí não teve jeito, tive que ir ao médico que foi categórico: tinha que tomar antibiótico, apesar de estar amamentando e sem nenhuma intenção de desmamar... Fiquei super chateada, claro. Afinal sei que o antibiótico passa para o leite materno. Só que o médico disse ou isso ou arriscar que a infecção se espalhasse e eu acabaria tendo que ser operada de emergência.

Li mil sites, liguei para os médicos da família (minha cunhada, meu sogro, uma grande amiga), descobri uma página ótima para tirar estas dúvidas de quais remédios podemos tomar durante a gravidez e a lactação, fiz mais chá e comecei a tomar minha penicilina.

Com tudo isso neste dia não fizemos nada de especial (isso significa que depois de buscar a Sophia na escolinha fomos direto pra casa, sem escalas em parquinhos, sem visitar nenhuma amiguinha e sem receber visitas tampouco).
À noite, depois de ler uma história para a Sophia ela me diz, toda séria:
- Mamãe, hoje foi um pouco chato, né?
- O que foi chato, filha?
- Nós não fizemos nada! Foi um dia meio chato, né?

Tenho uma filha rueira e não sabia :-)

sábado, 20 de agosto de 2011

O rato

Sabe aquele dia em que você está com dor de garganta, dor de ouvido, sono atrasado e acabou indo dormir tarde (ok, culpa sua neste quesito, mas os outros não, né?)?

Então, era um dia desses quando a Helena resolveu que precisa voltar a mamar de duas em duas horas. E nos intervalos entre uma mamada e outra ficava super inquieta e tentando rolar para cima de mim (já falei sobre a nossa cama partilhada aqui né, então, quando ela acha que não estou dando atenção, ela literalmente vai até mim!). 

Como a coisa nunca está ruim suficiente que não pode piorar, a Sophia acorda no meio da madrugada. Vou até lá, faço um carinho, ela adormece novamente. Volto pra cama, Helena acorda, mama, adormece de novo. Quando acho que vou dormir novamente, a Sophia torna a acordar. Desta vez chorando muuuuuuuito! O marido já até levanta sozinho, pois sabe que é a vez dele. Mas o choro não passa, nem mesmo com ele se deitando junto com ela. Ela chora, chora, chora e noto que quer a mamãe.
Vou até ela e ela está soluçando tanto que nem consegue me contar direito o que aconteceu. Só diz que quer ir pra minha cama por causa do rato. Antes de começar a sair caçando um rato pelo seu quarto, já logo pergunto:

- Você sonhou com um rato, querida?
- Sim, mamãe, um rato grandão que queria me comer...
Tento lembrar que foi só um sonho, que não tem nenhum rato aqui, etc, quando ela me diz com aquela lógica infantil peculiar:
- Mas rato nem tem dente, né mamãe? Ele não pode me comer!

Nem explico nada, concordo com tudo e a levo pra minha cama. Pronto. Tem coisa melhor que colo de mãe? Apesar do sono, apesar do cansaço, fui dormir feliz, com aquela sensação de dever cumprido...

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Seis meses!

Heleninha completou seis meses de vida ontem! Parabéns, querida!
E está enooooorme! Com 70 cms e pesando mais de 8 quilos. Uma fofa!
Como minha mãe pediu, fica aqui o vídeo da sua primeira papinha.
Ainda não aprendi a editar vídeos para eles ficarem lindos e menos compridos... Alguém me ensina?

Beijo!


domingo, 14 de agosto de 2011

Ela acordou sozinha, mamãe!



Seis horas da manhã.
Acabei de dar de mamar pra Helena. 
Ela até queria já ter levantado, ficou me olhando e dando aqueles lindos sorrisos, mas eu mantive meus olhos fechados, sinalizando que queria dormir mais um pouco. Ela pega no sono outra vez.
Estou sentindo que vou adormecer em breve quando ouço uns passinhos no corredor. Como não poderia deixar de ser, logo sinto um "peso" na minha barriga. A Sophia acordou.
Nestas ocasiões, ela sempre pede para se deitar do lado da Helena. Pedir, é claro, é só uma maneira de dizer :-) Ela simplesmente me empurra, me empurra, me empurra, até eu me afastar um pouco para que ela consiga ficar do lado da Helena.

Nota: Nós fazemos uma espécie de cama partilhada, então até que o aperto de 4 na cama não é tão grande. A Helena fica na caminha dela (como se chama, aliás, este tipo de cama em português? Coloquei a foto ali em cima, para facilitar), bem ao meu alcance, papai e mamãe na cama de casal e Sophia só costuma vir de manhã

Enfim, Sophia, como sempre, consegue ficar do lado da Helena. Eu digo, pela simples obrigação de dizer: Sophia não acorda a Helena, meu amor. 
Resposta: Não vou acordar mamãe.

Aí começa:
carinho na cabecinha,
beijo na mão,
dedo na bochecha,
risadinha,
apertão na orelha,
mais beijo,
beijo de esquimó,
lambida,
mais carinho,
suspiros de: ah como ela é fofa, né mamãe.

"De repente", do nada, diriam alguns, a Helena abre o olho.
Sophia imediatamente se senta e exclama:

Ela acordou, mamãe! Sozinha! Eu fiquei bem quietinha, você viu??

Então tá, né.

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E para finalizar queria dar os parabéns a todos os papais pelo seu dia, em especial a dois: ao meu pai e ao meu marido!


quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Tenho algo embaraçoso para contar...

Então, vamos por partes.
Primeiramente queria falar sobre o sistema educacional alemão :-) Pelo menos um pouquinho.

Aqui na Alemanha você não pode simplesmente colocar seu filho no maternal (até 3 anos). Vagas no maternal só são garantidas a mães que trabalham período integral ou que estudem (faculdade, ou curso intensivo de alemão, ou as que recebem ajuda do governo para sobreviver por estarem desempregadas). Se você não se encaixa em nenhuma das categorias não tem direito à escolinha e pronto. Claro que sempre dá para tentar uma escolinha particular, mas obviamente o preço é muito, muito mais salgado. Não que seja baratinho pagar a escolinha, para quem tem uma renda melhorzinha fica caro ainda assim (o preço varia de acordo com a renda do casal e do tempo em que a criança permanecerá na escola. Se alguém se interessar tem uma tabela de preços (com detalhes em alemão) aqui,).

Curiosidade: mas pelo menos o preço baixou. Aliás, acreditam que aqui em Hamburgo um outro partido foi eleito por ter (entre outras coisas, claro) prometido abaixar o preço da escolinha? Eu votei neles :-) E realmente o preço baixou! Não sabia que promessas de campanha são realizáveis! Achei que fosse algo tipo papai noel, coelhinho da Páscoa e Saci Pererê, sabe? Que só existem no imaginário popular..

Uma outra (grande) dificuldade é encontrar uma escolinha. Não basta simplesmente chegar em uma e dizer quero matricular meu filho. Como as vagas são limitadas você tem que concorrer a um lugar. E não tem critérios para aprovação! Tenho uma amiga que mandou 70 currículos até conseguir um lugar para o filho dela! Nós já tivemos mais sorte (ou persistência): eu selecionei umas 5 escolinhas que me interessavam (por recomendação, proximidade ou dicas na internet) e depois de visitar as cinco, fiquei torrando a paciência de 3 (ligando muuuuitas vezes pra lá) para conseguir uma vaga. Consegui vaga nas 3 e depois tive a difícil tarefa de ter que me decidir.

Enfim, depois que você provar que tem um emprego fixo (tem que levar o contrato de trabalho para a secretaria da criança, juntamente com muitos outros documentos como holerite, certidão de nascimento etc, para que seja calculado quanto você vai pagar) e que tem uma vaga na escolinha, você pode ir até a tal da secretaria da criança e solicitar um vale-escolinha. Trata-se de um papel em que está escrito que você levou a documentação necessária, e que a secretaria vai pagar pela escola do seu filho, e qual é o percentual restante a ser pago pelo responsável do aluno. Este vale os pais recebem pelo correio.

E é aqui que começa de fato o assunto deste post. Eu recebi um vale desses (que deve ser levado imediatamente à escolinha) comunicando o feliz fato de que o preço tinha abaixado! Nem acreditei na minha sorte. Pra ser sincera a minha primeira reação foi achar que a secretaria tinha feito algum erro e que eu já deveria deixar de lado o dinheiro economizado momentaneamente para ressarcir os cofres do Estado depois :-). Mas, conversando com outras mães, percebi que não havia erro nenhum e que eu poderia levar tranquilamente meu vale à escola. Porém, nesta altura, a escolinha da Sophia estava em férias e eu guardei o papel para levar depois.

Pois é. Eu "guardei" foi só uma palavra bonita para dizer eu deixei o papel em algum lugar qualquer. Quando a escolinha finalmente reabriu comecei a procurar o bendito do vale. Procurei, procurei, procurei e nada. Minha mãe me ajudou a procurar, procurei na caixa onde deixamos o papel velho (e que deve ser colocado num contâiner especial para a recolha do lixo) e novamente nada. Coloquei a culpa no marido, dizendo que ele deveria ter perdido o papel, ele me ajudou a procurar também, mas nope. Não encontramos o vale.
No auge do meu desespero comecei a procurar meu óculos de sol da Versace e meu ipod, pois sempre que "guardo" estes itens (já que foram caros costumo querer "guardar melhor" e assim nunca os encontro depois), e procuro por eles depois, acabo encontrando um monte de outras coisas desaparecidas (em tempo achei uma calça que andava procurando há séculos!), mas novamente não fui bem sucedida...

Aí me restava a humilhante opção de ir até a secretaria da criança e a) admitir que sou desorganizada dizer que perdi o papel; b) por a culpa na minha filha dizer que minha filha pintou/rasgou/sumiu com o papel e c) chorar em vez de dizer qualquer coisa até o povo da secretaria me dar um novo vale para eu parar de encher o saco.
Nenhuma das alternativas estava me agradando muito, eu confesso. Até que minha mãe veio com uma sugestão maravilhosa: põe a culpa em mim! Brilhante, não? Melhor que assumir minha desorganizaçao. Melhor que por a culpa numa criança (e em mim por tabela), o que quase sempre parece uma desculpa esfarrapada..  E não seria mesmo?

E foi assim que cheguei na tal da secretaria com a seguinte frase nos lábios: tenho algo embaraçoso para contar... Aliás, fica a dica, esta é uma frase ótima quando você quiser que funcionários públicos te escutem. Acho que até o porteiro parou para ouvir o que eu queria dizer!
E continuei: minha mãe não sabe alemão (desculpa, mãe!) e achou que o papel do vale não era importante e fez dele a sua lista de compras. O carinha da senha só deu risada e falou: heheheh, minha mãe também não sabe alemão! Ele me deu a senha e eu já fui toda feliz e contente sentar e esperar as 57 pessoas que estavam na minha frente. Nisso, dou mais uma olhada pro meu papel, olho para o número que estava sendo chamado e... era o meu! Olho confusa para o carinha da senha e ele me diz: vai, vai, é tua vez. E sorri novamente!

Nem acreditei na minha sorte e lá fui eu falar com uma velhinha com cara de rabujenta. Mas como tinha dado certo, comecei:
Tenho algo embaraçoso para contar....
E ela, a velhinha não-rabujenta, sorri e me diz:
Acontece. Não se preocupe. Qual é o nome completo da sua filha?

E me deu um novo vale assim, na boa!
Rá, acho que só vou começar diálogos desta forma daqui pra frente. Obrigada mãe pelas costas largas!

domingo, 7 de agosto de 2011

Amamentar é...

  • alimentar,
  • dar e receber carinho,
  • confortar,
  • consolar,
  • estabelecer um vínculo profundo,
  • sentir dor,
  • sentir sono,
  • ficar em dúvida se o neném mamou bem ou não,
  • se assustar com o tamanho do peito,
  • se envergonhar em ter que tirar o peito em público,
  • se emocionar com aquele rostinho lindo tão perto de você,
  • sentir o leite vindo só de pensar que o neném pode estar com fome,
  • ver a blusa manchada porque o leite vazou,
  • ver sangue no cocô do neném e chegar a conclusão que o bico do seu seio está mais rachado do que você pensava,
  • ver o seu neném crescendo e saber que isso só é possível graças ao seu leite,
  • ouvir palpite furado de muita gente,
  • receber conselhos realmente importantíssimos,
  • sentir muita sede,
  • perder peso rapidinho,
  • ter muita fome,
  • ter muito orgulho de si mesma,
  • ficar fascinada com a natureza humana,
  • exercer o papel de mãe em toda a sua plenitude,
  • amar Sophia e Helena!
E é muito mais e único para cada mãe.

Esta semana foi a Semana Mundial do Aleitamento Materno. O Grupo Vínculo está convidando as mamães blogueiras que apoiem a amamentação a tentar definir o que significa este momento tão especial.



terça-feira, 2 de agosto de 2011

Espelho, espelho meu...

... existe no mundo um marido mais fofo que o meu?

Não!!!

Foi só ele perceber que eu estava triste que ele já começou a olhar com mais afinco voos para o Brasil. E melhor, já comprou as passagens!

Beijos bem mais animados,
Karen

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Saudade...

Pois é.
Meus pais voltaram pra casa na sexta. No final de semana ainda é tudo tranquilo. Tem bastante coisa pra fazer, todos estão em casa, tem barulho, tem conversa, tem risada.
Mas daí chega a segunda-feira e dá uma tristeza....
Tudo vazio.
Silencioso.
Triste....

Espero que eles voltem logo!