segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Participando do "viajando com pimpolhos"!!!

Olá!

Só queria dizer que hoje estou participando do Viajando com Pimpolhos, da Sut-Mie! Como hoje é Halloween, estou lá falando de Boston e Salem :-)

O blog dela é fantástico, tem dicas maravilhosas para famílias viajantes, como a minha :-) E confesso que taí uma coisa que ainda não tinha me ocorrido: procurar dicas de viagem em blog! Agora que aprendi o caminho já sei o que fazer antes de embarcar na próxima aventura...

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Três pra frente e um pra trás

Alguém mais tem a impressão que é assim que se dá o desenvolvimento infantil?

E nem estou falando da Helena, que é um bebezinho. Desta vez estou falando da Sophia.

Acho que a maioria dos pais prefere falar sobre a parte do "pra frente", eu não sou exceção. Mas na semana passada estava bem no meio de uma fase "pra trás" que andou me deixando ma-lu-ca! Como pode uma menina de apenas 3 anos enlouquecer seus pais desta forma?? E me enlouqueceu tanto que resolvi postar aqui, para dividir um pouco as minhas angústias com vocês. Se bem que agora, uma semana depois, já estamos numa nova fase boa :-)

Problema 1: o mau humor.
Sabe quando nada está bom? Nada mesmo? Então, estava assim. Sophia sempre adora quando levamos alguma coisinha para ela comer, quando a buscamos na escolinha. Já vem toda feliz perguntando: o que você trouxe? Mas nesta semana fatídica, nem tinha a pergunta, muito menos a felicidade. Aliás, eu estava sendo recebida com um: "você chegou muito cedo!" ou "porque você já chegou mamãe?" Nossa, que balde de água fria. 
Buscar a Sophia na escola sempre foi o highlight do meu dia. E semana passada estava sendo bem frustrante... Daí, para tentar animá-la eu contava o que tinha trazido: hoje trouxe melão (que ela AMA): não gosto de melão, eu queria uma bolacha. No dia seguinte: hoje eu trouxe bolacha, que você me pediu ontem. Não quelo bolacha, eca, cledo! Quelo balinha. Mais uma tentativa: hoje trouxe balinha! Mas eu queria pirulito! Balinha é incrível! 
Aí cometi o grande erro de rir, pois sabia que ela queria falar horrível e me saiu com este incrível... Pra quê... Quer ver uma menina brava? Ria da Sophia quando ela está mal humorada. Ai o que era mau humor virou fúria e fui desconvidada para o seu aniversário várias e várias vezes. E vocês sabem que este desconvidar para o aniversário é a pior ofensa possível, né?

Problema 2: a bicicleta
Para tentar distrair um pouco a minha adolescentinha fiz vários passeios (com mais ou menos sucesso junto ao meu eleitorado): levei-a ao zoológico, a vários parquinhos, brincamos aqui em casa, convidei as melhores amigas para nos visitar e, um dia, resolvi andar de bicicleta. Só que Sophia resolveu que não sabe mais andar de bicicleta sem rodinhas! Fez o maior escândalo, dizendo que não conseguia, sendo que ela já sabe andar sem rodinhas desde julho! E não teve como convencê-la do contrário. Lá foi o pai achar as rodinhas no porão e montá-las de novo. Andamos uma vez só com a bicicleta, desde que as rodinhas foram recolocadas, e ainda não sabemos se devemos dar a ideia de andar novamente, ou melhor esperar, se tiramos as rodas, ou se deixamos (alguma dica???).

Problema 3 (e o pior deles): o xixi
Sim, o xixi. Normalmente, quando se lê sobre ter um segundo filho, é comum vir a frase de que "devido ao ciúme algumas crianças voltam a fazer xixi na cama". Ou nas calças. Sophia não usa mais fraldas há um ano e meio e também tiramos a fralda noturna há um meio ano, mais ou menos. Não tiramos antes pois queriamos esperar a Helena nascer para o fazer, para não termos muitos acidentes. 
E eis que na semana passada todo dia a Sophia vinha com a calcinha um pouco molhada pra casa. Todo dia. E era só um pouquinho, só uns pinguinhos. No primeiro dia achei que tivesse sido um acidente, no segundo já fiquei um pouco irritada e no terceiro fiquei fazendo marcação cerrada, perguntando várias vezes se ela já tinha ido ao banheiro, se queria ir novamente, para os pinguinhos não acontecerem novamente. Mas eles aconteciam. Do nada ela me aparecia falando: mamãe fiz xixi na calça, mas são só uns pinguinhos, não faz mal, né?
Meu marido já começou a inventar umas teorias de que ela estava com algum problema urinário, que a bexiga dela deveria estar com algum problema de não conseguir reter a urina e blá, blá, blá.

Até que um dia, ou melhor, uma noite, ela fez xixi na cama. Detalhe: ela NUNCA tinha feito xixi na cama. Nenhuma vez. Novamente, pensei que tivesse sido um acidente, afinal nunca tinha acontecido antes e ela também tinha tomado bastante líquido naquela noite. Aí, fizemos o que se pode fazer nesta hora: tiramos a proteção do colchão, trocamos a roupa de cama, viramos o colchão e fomos dormir.
Só que depois de algum tempo, ela nos chama novamente, chorando, e quando fomos ver ela tinha feito xixi na cama de novo!! Desta vez não tinha proteção do colchão e o outro lado já estava molhado. Mas improvisamos, forramos com umas toalhas, trocamos novamente a roupa de cama e fomos pra cama pensando com mais afinco na teoria do problema urinário. 
Mas de manhã, falando com ela sobre o ocorrido, ela dispara: mas mamãe a Helena também faz xixi na calça e na cama, mamãe.... Pronto, mistério resolvido. Depois de 8 meses, quando você acha que o assunto "ganhei uma irmãzinha" está bem resolvido, o ciúme ataca novamente...

Confesso que fiquei arrasada. Fiquei morrendo de dó da minha filhinha tentando chamar a nossa atenção desta maneira. E desde então temos tentado compensar com mais carinho, com mais atenção, com mais beijo e abraço. 

E olhem só, não teve mais nenhum pingo de xixi na calcinha.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Oito meses!

Helena fez oito meses na semana passada e até agora não consegui parar para escrever as últimas gracinhas :-)
E graciosa ela está!
Continua sorridente³, comunicativa e faladeira. Conversa com o espelho, comigo e com quem der bola pra ela. Quando conversa com o espelho fala: abu, abã, abe, abá e por aí afora. Também faz os sons fricativos "fffffff", "vvvvvv" e bolinhas de cuspe :-) Tem dias que parece que fala papai com significado! E sempre diz mamã quando está meio cansadinha e querendo colo: vira pra mim e fala "mamã", parece mesmo que está me chamando! Fico toda boba, confesso.

Agora ela também já come mingau, de janta, e uma frutinha de lanche no meio da tarde. Mas esta rotina ainda não está muito bem estabelecida. Geralmente, quando ela come a fruta ela não quer o mingau. Ela parece ainda gostar de intercalar uma papinha com uma mamada. Hoje mesmo, ela almoçou bem, reclamou pra comer a banana e não aceitou de jeito nenhum o mingauzinho à noite (e ela a-do-ra  o mingau!).

As noites continuam sendo movimentadas. Ela raramente passa mais de 4 horas sem acordar. A minha tentativa de não amamentar em todas as vezes que acorda (e sim dar a chupeta e tentar embalá-la novamente) não tem funcionado. Geralmente se insisto muito em não dar o peito ela acorda de verdade e começa a falar os abus, abas, abes dela. Daí até pegar no sono novamente é ainda mais complicado, então não tenho insistido nesta estratégia. Mas normalmente ela adormece bem. O ritual é basicamente: trocar a fralda, colocar o pijama e saco de dormir, mamar, arrotar e ir para o berço (ainda acordada). Aí coloco a musiquinha do móbile para tocar embaixo da cama e faço cafuné até ela pegar no sono. Frequentemente ela adormece em menos de 5 minutos.

Helena gosta muito de música, ainda mais quando elas estão acompanhadas por gestos. A preferida dela é a "Dona aranha subiu pela parede...". Ela adora a Sophia! Quando a vê de manhã abre um sorrisão! E adora ficar vendo a irmã mais velha brincar. Ultimamente tem tentado pegar os brinquedos dela, mas nem sempre a Sophia fica muito feliz quando a Helena tira as coisas dela do lugar. Seus brinquedos preferidos são bexiga, papel, caixa de ovo, rolos e tudo o que não tiver cara de brinquedo.

Ela ainda não se senta sozinha. Se eu a coloco sentada ela fica, mas não consegue se sentar sem ajuda. Ela está se arrastando bem, mas tem uma técnica muito própria (o videozinho aqui mostra uma das primeiras vezes em que se arrastou, bem no comecinho de outubro): é o método flexão de braço. Ela faz uma espécie de flexão, fica com o corpo todo esticadinho, dá impulso pra frente e desaba no chão, começando tudo novamente :-) É super engraçadinho e só assistindo para entender totalmente!
Agora ela já consegue se arrastar com mais classe e, desde ontem, está tentando acertar a pose correta para engatinhar. Fica de 4 bonitinho e balançando o corpinho pra frente e pra trás, sem saber direito o que fazer.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Especial Hamburgo

Tomei gosto em fazer relatório de viagem e acabo de fazer um especial sobre Hamburgo.
Quem quiser ler, clique aqui!

Beijo!

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Minha mãe foi atropelada.

Agora imaginem o choque de uma filha ao ouvir esta frase?
Pois é. Gelei, gelei, gelei e só o que eu pude pensar, depois de me assegurar que ela estava bem, foi: eu odeio o trânsito no Brasil.

Minha mãe é jovem (vejam a foto dela aqui), super descolada e antenada e mesmo assim ela foi atropelada. Por muita sorte não aconteceu nada de mais grave. Ela gritou quando viu que o carro não ia frear e assim o motorista parou. Caso contrário ela teria possivelmente voado pra longe. Assim, ficou "só" com o corpo dolorido e algumas manchas roxas.
O motorista, em vez de acudir minha mãe, começou a gritar com ela. Dizendo que o sinal estava verde pra ele e pronto (sinal verde pra pedestre ou não existe ou não conta, né?). Outros pedestres que estavam por perto cercaram o carro, o motorista se sentiu intimidado e, vendo minha mãe chorar e sentindo o seu nervosismo, enfim se solidarizou e ofereceu para levá-la ao hospital. Minha mãe só queria ir para casa, se recompor e acalmar e recusou, disse que estava tudo bem. Nem pensou na hipótese de chamar a polícia e ficou feliz e sensibilizada com as inúmeras pessoas, desconhecidas, que estavam na rua e que se ofereceram para ajudar.
 
Mas a minha indignação não passou como o passou o susto da minha mãe. Eu fico ainda me remoendo e pensando: e se ela não tivesse gritado? E se tivesse sido o meu pai (que é, provavelmente, a pessoa mais distraída da face da terra e que não teria gritado)? E se tivesse sido minha cunhada com minha sobrinha pequena, que também moram perto desta mesma avenida onde o atropelamento aconteceu?

E se tivesse sido minha filha ou a sua?

Claro que acidentes acontecem. Acontecem aqui, no Brasil e na China também. Mas no Brasil eles acontecem em um número muito maior. E acontecem apesar das leis que deveriam em primeiro lugar proteger o elo mais frágil da corrente do trânsito: o pedestre.

E até quando vai ser assim, hein? Até quando nossas leis vão precisar "pegar" como se fosse motor velho que têm que pegar no tranco? Até quando os motoristas do Brasil vão achar que estão acima da lei?
Até quando os motoristas vão achar que podem tudo, só porque estão dentro de um veículo? Até quando eles vão se esquecer que quando descem do carro também são pedestres? Até quando teremos que atravessar ruas correndo, feito desvairados, temendo literalmente pelas nossas vidas?

Acho muito engraçado quando recebo visitas aqui na Alemanha. Frequentemente elas ficam testando se os carros vão realmente parar na faixa de pedestres e se deleitam quando veem que sim, que isso "funciona" aqui. Incrível não? Até a Mercesdes freou! Olha o Audi também está freando! Existe uma regra aqui que diz que o carro deve parar quando um pedestre quer atravessar na faixa de pedestres. E, oh!, os alemães param! E os pedestres atravessam em segurança, simples assim.

Agora porque isso não funciona no Brasil? O motorista brasileiro por acaso tem mais pressa que o alemão? Ele tem mais compromissos? Porque no exterior o brasileiro se encanta com a "civilização" e quando volta ao seu país acha que está no velho oeste? Porque ninguém exige que se cumpra algo que serve à segurança de todos?

Até quando vamos nos deparar com imagens como estas:


Ou com títulos de reportagens como este:

Atropelamento de casal prejudica trânsito na avenida Brasil

(Caramba, atrapalhando o trânsito! Como este casal ousa ser atropelado bem na Avenida Brasil? Eles não sabem que assim atrapalhariam o trânsito do Rio de Janeiro? E o menino ainda foi morrer, para piorar a situação e atrapalhar ainda mais.)

Até quando vamos ter notícias do gênero: Brasil é o quinto colocado no mundo em número de vítimas de acidentes de trânsito? E números como estes: 37 mil mortes no trânsito por ano no país.

Eu sou mãe e filha e não quero que ninguém da minha família entre para estas estatísticas horrorosas. Nem meus amigos, nem conhecidos, nem inimigos.

Quero um trânsito mais seguro e respeito às leis. Quero que minhas filhas nunca tenham que perguntar pra que servem estas linhas brancas no chão e tenham que responder (como uma amiga minha no Brasil teve que dizer para seus filhos): elas servem para enfeitar a rua.


Chega de acidentes!


sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Multiplicado por dois visitando Morando no freezer

Como é bom chegar na casa da irmã, né? Aquele abraço apertado, aquele sorriso de felicidade genuíno e aquela torta mineira (minha torta preferida!!!) me esperando na geladeira :-)
Mas não foi só culinariamente falando que a visita foi boa (e aqui vai, para todos lerem: a Lica cozinha muito bem sim! Recomendo :-) Podem passar lá e fazer a festa e elogiem depois, hein?). Nós passeamos muito, fizemos compras, assistimos filme (por sorte o Alessandro, meu cunhado, não escolheu, se dependesse dele assistiríamos Machete todo dia), conversamos sobre tudo e mais um pouco, pusemos a fofoca em dia, relembramos os bons e velhos tempos e aproveitamos a companhia uma da outra. Minha irmã é uma ótima e paciente guia de viagem, que nos acompanhou sempre. Lica, muito obrigada mesmo por tudo! Nós adoramos cada segundo.

Que pena que não podemos fazer isso com mais frequência... Mas antes que este post fique melancólico, vou mostrar as fotos de alguns dos passeios que fizemos enquanto estivemos por lá. Quem quiser saber mais, vá para o blog da Lica, que ela já postou com vários detalhes a nossa ida ao Jardim Botânico e à CN Tower! Além de muitos outros contando como é a vida no Canadá.

Primeira vez no balanço!
Sophia no parquinho do Nathan
Nathan comendo sua primeira cookie! Pela carinha ele gostou, hehehehe!
Prainha da cidade
Piquenique no jardim botânico
Tia madrinha e sobrinha afilhada
Jardim Botânico
Sushi, sushi!
Cadê o próximo Tim Hortons?
Sophia tão cansada depois do dia que passamos em Toronto que chegou a adormecer...

Como eu já disse aqui, o trânsito para ir e voltar de Toronto é horrível. Sabe que chegava a ficar divididinha como uma laranja, metade prum lado, metade pro outro, entre ir ou não ir a Toronto? Por um lado estava a vontade de ver de novo esta cidade que achamos realmente linda, mas do outro a angústia de saber que provavelmente ficariamos no mínimo uma meia hora parados.

Quando fomos ao zoológico não foi diferente... Acabamos chegando tão tarde que nem deu para vermos muito do parque. Além do tamanho do mesmo, que já dificulta mesmo ver tudo em um dia só, tem um fator importante no Canadá: depois do Labor Day tudo fecha muito cedo! Até o zoológico num dia de tempo maravilhoso. Achei estranho, afinal era um domingo, o céu azul, a temperatura agradável e ainda assim já fechava às 16:30. Até fui no zoológico aqui em Hamburgo esta semana para confirmar, aqui ele é fechado às 18:00.
Existe no mundo uma maquininha de fazer bolinha de sabão mais legal do que esta??
Nathan tentando pegar as bolhas :-)
O trânsito
Outro lugar bacana (e longe de Toronto, oba, oba, oba!) é uma fazendinha adaptada. Além de vários animais ao alcance dos dedinhos das crianças, também tem piscina ao ar livre, local para fazer piquenique, parquinhos e um estábulo.
Priminhos no trator
E o grande highlight para nós, no nosso último dia, foi a ida até as Cataratas do Niagara. Muito lindo mesmo! Acho que para brasileiros é inevitável comparar o Niagara à Foz. E o meu veredito é: as duas cataratas são únicas, pois são muito diferentes. 
Foz fica no meio de um parque, tem todo um suspense até você chegar a elas. Vai andando, vai andando e de repente, tcha-ran, lá estão elas. Já as cataratas do Niagara estão no meio da cidade! Você vai andando pela rua e vai olhando as cataratas como quem olha vitrine. Acho que na sua totalidade as cataratas do Iguaçú impressionam mais, já que as cataratas do Niagara são "divididas" em dois bloquinhos. Mas a cor da água.... ai a água! A cor da água de Foz é meio marrom, meio barrenta, mas a de Niagara é azulzinha, muito linda!
Então, vejam vocês e me digam o que preferem, certo?
Ops, foto errada, mas o sorriso da Helena estava tão irresistível que não tive coragem de tirar a foto daqui :-)
Agora sim!
Prontas para o banho! Que é inevitável quando se faz o passeio com o barquinho do fundo da foto...
Helena e a água azul
E encerramos o dia (e a visita) com chave de ouro num rodízio brasileiro :-)


E este foi o fim da nossa aventura. Depois de passarmos um dia na estrada, um dia em um outlet e um em Nova Iorque voltamos para Hamburgo. A viagem correu bem melhor do que tinhamos esperado e nossas meninas se comportaram muito bem. 
Ou seja, prepare-se Tia Lica, logo voltamos!

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

É hoje que vamos ver o Nathan, mamãe?

Sim, querida, é hoje!
Ai que delícia poder dizer isso! E que delícia aquela sensação gostosa de finalmente poder ver pessoas tão, tão, tão queridas. Nada como visitar a família, não é mesmo?
E eis que depois de alguns dias viajando, pegamos a estrada a caminho de Burlington, uma cidadezinha perto de Toronto, onde minha irmã, meu cunhado e sobrinho residem. Como o trajeto de Ottawa até lá era bem comprido, já iniciamos a jornada logo cedo.
Fomos parando na região de Thousand Islands, para esticar as pernas e para ver as ilhas pequenas e fofas que salpicam o lago Ontario, que representa a fronteira entre o Canadá e os Estados Unidos.
Aliás, alguém sabe me dizer se aquele molho de salada, Thousand Islands, tem alguma relação com este local? Fiquei curiosa (e com preguiça de googlar, rsrsrsrs)...

Enfim, depois de muitas horas na estrada, muito trânsito na região de Toronto (a única coisa que não gostei do Canadá: eles têm MUITO trânsito!!!), chegamos na casa da Tia Lica. Ou Tia Madrinha - como Sophia também gosta de chamar.


Ai que saudade que me deu agora... Acho que vou continuar só amanhã....
Beijo!

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Canadá, finalmente!

Depois de algumas (muitas) horas dentro do carro, finalmente nos aproximamos da fronteira. Sophia desperta rapidamente e maridão comete o grande erro do dia. Ele diz: Sophia, chegamos. Estamos no Canadá!

(Precisava ter dito isso? Precisava?)

A consequência foi: imediatamente Sophia ficou acordada como se tivesse tomado capeta (ainda existe esta bebida?) e começou a procurar o priminho Nathan em todas as direções. Como estava escuro ela foi ficando irritada, pois não conseguia procurar direito.
Depois de muita, muita conversa, ela se convenceu que ainda precisaria dormir 3 noites antes de ver o primo. Mas agora o estrago já estava feito e eu sabia que uma pergunta nos perseguiria pelos próximos dias: é hoje que vamos ver o Nathan? É hoje que chegamos na casa da Tia Lica?

Enfim.
A passagem pela fronteira foi muito rápida. Basicamente nos perguntaram onde moramos, para onde estávamos indo e quando voltariamos pra Alemanha. E só. Passaportes carimbados e nos deparamos com a primeira mudança aparente: agora poderiamos dirigir a 100 por hora! Ficamos felizes, achando que chegariamos ainda mais rápido (pra quem não sabe: as estradas na Alemanha não têm limite de velocidade, então um alemão considera quase uma tortura ter que dirigir com limite), quando lemos as letras miúdas: km/h. Ou seja trocamos seis por meia dúzia. Milhas por kms.
No mais a nossa primeira impressão foi de que o Canadá não é tão diferente dos Estados Unidos. Uma coisa, porém, achamos muito interessante: nas estradas nos deparamos sempre com uma placa informativa ao chegar em alguma cidade: lá se lê o número de habitantes, as principais atrações do local e também sempre tem informações sobre hospedagem, postos de gasolina e restaurantes. Prático, não?

Depois de mais uma hora ou duas, e de mais uns trinta "cadê o Nathan", chegamos finalmente em Montreal. Fomos direto para o hotel e para a cama.
De manhã fomos até o Centro de Informações Turísticas (aliás, que atendimento legal! O senhor lá, um peruano, faz um serviço bem bacana: te pergunta o que você já sabe sobre a cidade, o que gostaria de ver e, baseado nisso, te dá uma programação para o(s) dia(s), mostrando tudo no mapa da cidade e indicando como chegar em cada lugar! Um luxo!) e devidamente instruídos iniciamos a nossa exploração da cidade.
Montreal é uma cidade grande, famosa pelos suas ruas de compras subterrâneas, ótimas para dias de frio ou chuva, por ter hospedado uma olimpíada e por sua beleza "européia".

(Ou europeia, como eu não consigo escrever sem achar que está faltando alguma coisa. Aliás, neste blog você verá que às vezes a força do hábito faz com que eu use a ortografia antiga ainda. Às vezes, chego a evitar escrever uma palavra, por não querer escrevê-la com a nova ortografia. Só eu que sou assim? Estou ficando velha e ranzinza?)

Europeu é também o sistema de transporte. O que, para mim, significa desconforto. Significa que não tem rampas, escadas rolantes ou elevadores. Significa ter que carregar carrinho escada abaixo e até evitar ir a algum lugar para não ter que carregar carrinho :-( Mas, apesar disso, a cidade é linda!

No centro da cidade




Grand Chalet - Mont Royal




Ainda no parque do Mont Royal



Vieux Montreal





Marché Bonsecours









Basilique Notre Dame




Na manhã seguinte já fomos para Ottawa, já que o caminho é longo e a paciência das meninas dentro do carro é curta...

No começo da viagem levamos um pequeno susto:


Mas não, não era um caminhão na contramão. Era apenas um caminhão sendo rebocado pelo outro. 

Chegamos em Ottawa - a capital do Canadá. Deixamos rapidamente as nossas coisas no hotel e fomos almoçar. O porteiro do hotel, no entanto, avisa: olha, é melhor vocês irem rapidamente até o Byward Market agora pois vai chover às 3 horas da tarde. Achei um pouco estranho o conselho do homem, quando de repente o manobrista nos vê e repete: vocês não vão querer pegar o carro? Vai chover entre 3 e 4 da tarde.
O Felix e eu nos olhamos, vemos o céu ainda meio azul, e recusamos: não, pode deixar o carro na garagem, nós queremos andar um pouco.

No começo foi tudo bem.
Fomos andando pela Rua Sparks, calçadão e todos estavam felizes e de bem com a vida.


Mas, de repente, achamos que o povo de Ottawa parece entender realmente de metereologia:
Parliament Building






        


O tempo realmente virou! E só deu tempo para corrermos da chuva e ficarmos observando tudo de debaixo de uma marquise....

Quando a chuva deu uma trégua demos uma corrida e resolvemos fazer um city tour, para pelo menos vermos um pouco da cidade...
Corremos e, meio molhados, conseguimos pegar a última corrida do dia!

Rio St Lawrence
Casa do Primeiro Ministro

National Gallery
Rideau
Oscar Peterson - o 'marajá'

E neste dia comemoramos ainda 10 anos de casados! Só que acabamos não tirando a foto do jantar onde pretendiamos comemorar o nosso dia. Helena ficou irritada, irritada, IRRITADA MESMO e acabamos tendo que comer às pressas, um de cada vez, enquanto o outro passeava e ninava a Helena do lado de fora...

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Encontros imediatos: bruxas, ursos, cachorros e mais alguns piratas!

Saímos de Boston em direção à Salem. Quem ainda não leu ou não viu o filme "As bruxas de Salem" tem aqui um museu interessante para saber um pouco mais sobre a história (real) de perseguição que uma comunidade inteira sofreu no final do século XVII. Basicamente umas adolescentes histéricas e sem o que fazer resolveram acusar outras pessoas de  bruxaria, após terem pesadelos e passar mal após ouvir histórias sobre vodu, contadas por uma escrava africana. O médico que as examinou arriscou o palpite de bruxaria e, mais que depressa, as meninas resolveram endossar o diagnóstico acusando outras de as terem enfeitiçado.

Hoje a cidade vive do turismo e mantém a história viva através de vários museus dedicados ao tema. Nas ruas, para deleite da Sophia que viu uma bruxa "de verdade", é comum ver mulheres fazendo propagandas para as mais diversas atividades (museu, restaurante, bar, ateliês, etc.) trajadas a caráter.

















Após visitarmos o museu fomos almoçar e nos deparamos com um festival de pessoas vestidas de forma esquisita. Não tem muito como definir melhor o festival. Era basicamente um monte de pessoas fantasiadas, andando pra lá e pra cá, nas ruas perto do porto. Sophia amou, pois cismou que tinha visto um pirata "de verdade". E embora ela faça esta carinha de tímida ela sempre nos pede para tirar foto com as pessoas fantasiadas. Mas temos que ir junto para dar apoio moral :-)





Ah, queria mostrar também a forma que encontramos para a Sophia descansar um pouco, durante as nossas andanças. Por um lado usamos bastante o canguru, então Helena ia no canguru e a Sophia podia descansar no carrinho. Por outro resolvemos comprar uma prancha para ser adaptada atrás do carrinho, onde as crianças podem ficar em pé.
Uma grande amiga minha tinha me falado sobre elas, quando a minha querida afilhada Alice nasceu. Eu me lembro que até pesquisei sobre elas, mas li basicamente críticas negativas. Que as crianças ficariam preguiçosas, que não é prático para subir meio-fio, que quebra fácil, que não dá para ser adaptado a qualquer carrinho, enfim, a lista negativa era infinita. Na época eu talvez até tenha desencorajado a Alessandra da compra (desculpa Ale!)... Mas como ser mãe é cuspir pra cima para cair na testa, eis que acabei comprando a tal prancha e ela foi muuuuuuuuito útil nesta viagem!





Depois de algumas horas em Salem, pegamos o carro e fomos em direção a Jackson. Cidadezinha ao pé do Mount Washington (White Mountains), onde nos hospedamos com um objetivo: fazer compras nos outlets da região. E nos arrependemos amargamente por não termos planejado mais dias para aproveitar a beleza do lugar...
Também, o proprietário do local, o John, era extremamente simpático. E fez tudo o que poderia fazer para agradar uma mãe: tinha uma caixa enorme de brinquedos para a idade exata da Sophia, tinha um bichinho de pelúcia em cima da cama dela, fez uma fogueira e ainda comprou marshmallows para ela assar na beira da fogueira! E ele ainda tem um cachorro fofo, o Jack, e um gato! E piscina! E fez cookies! E tinha vinho e cerveja à disposição dos hóspedes! E já falei que ele era muito simpático? Amamos mesmo o local e o bed and breakfast, quem se interessar é só clicar: Village House.
Lá perto vive uma família de ursos, que ele diz serem bem mansinhos. Vimos várias fotos e Sophia ficou com muita vontade de vê-los, mas não demos sorte. Quem sabe da próxima vez? Pois gostariamos muito de voltar até lá.






Olha só que carinha mais sorridente e feliz!




As compras também valeram, tenho que admitir. O Estado de New Hampshire tem uma legislação bem amigável para o consumidor e lá não se paga impostos. Então além de você ter preço de outlet ainda paga uns 15% a menos por não ter que pagar imposto. Ô beleza!
Mas depois de comprar, comprar e comprar ficamos um pouco tristes por termos que ir embora e não poder aproveitar melhor as redondezas... Pelo menos fomos ainda até o Mount Washington que tem um título interessante - ele é famoso por ter o pior clima do mundo! E realmente fomos subindo a serra e foi ficando nublado, frio e úmido...


E com isso terminamos a primeira etapa da nossa viagem. Amanhã volto contando dos nossos dias no Canadá.