segunda-feira, 25 de julho de 2011

Nasceu!

O primeiro dentinho da Helena!
Aliás, estes dias têm sido de muitas novidades na vida da nossa princesinha. Primeiro ela conseguiu virar para o lado direito. Antes era só para o lado esquerdo (e quem ainda não viu o videozinho da primeira virada pode ver aqui). Depois, num dos dias de tentativa para virar para o lado direito, ela fez tanta força, mas tanta força, que acabou dando uma volta completa e ficando super frustrada por ter voltado ao ponto de origem.
Depois começou a pegar e morder seu pézinho.



E agora é o dentinho que nasceu!
Parabéns Helena pelas suas conquistas, meu amor!

Ah! E falando em nascer: há pouco tempo "nasceu" um blog novo, que está reunindo muitas mamães blogueiras. E é claro que estou participando do sorteio de lançamento do Minha mãe que disse. :-)

domingo, 24 de julho de 2011

Mamãe, eu quero salitatá!!!!!!!!

Tá.
Você está no carro, dirigindo, seus pais, sua filha mais velha e sua filha caçula também estão com você, tudo em perfeita harmonia. Que venham os 500 quilômetros que nos separam da casa da sogra.
O trânsito não está ruim, as musiquinhas no rádio até que estão simpáticas, todos de barriga cheia e sem vontade de ir ao banheiro, pois se tem coisa que irrita qualquer motorista é fome ou vontade de fazer xixi. Ou trânsito. Ou posto longe quando a gasolina está quase acabando. Ou caminhões ultrapassando outros caminhões e ocupando a pista da esquerda. Ou fumaça de caminhão. Ou sinais vermelhos. Ou obras na pista. Ou...

Mas, enfim, não vamos fugir do tema, afinal tudo estava bem e em perfeita harmonia.
Porém, de repente, não mais do que de repente, vem o pedido:

- Mamãe, eu quelo salitatá.
- Quer o quê?
- Salitatá, mamãe.
- Sair o quê, Sophia?
- Ma-mãe, eu que-lo sa-li-ta-tá!
- Filha, mas eu não sei o que é isso.
- (já bem irritada) salitatá, agola!!
- Você quer a Sari (uma amiguinha da escolinha)?
- Não, mamãe, plesta atenção, eu quelo salitatá!!!!!
- (eu com cara de ponto de interrogação, pensando se ela tá me falando algo exótico em alemão, já que de vez em quando ela faz umas combinações linguísticas pra lá de interessantes...) filha, mas salitatá é como o papai fala, como é que a mamãe fala isso?
- Você que fala salitatá, não o papai!
- (eu continuo perdidinha, meus pais se olham, oferecem sugestões do tipo: será que ela quer bolacha? sentar?) Sophia, a mamãe não sabe mesmo o que você quer....
- Mamãe, eu quelo ouvir salitatá.
- (De repente, a ficha caiu!) ah: você quer ouvir siriri pra cá?
- Sim, mamãe. Agola!

E com vocês a famosa canção Salitatá:

A canoa virou
Por deixá-la virar
Foi por causa da Sandra
Que não soube remar
Se eu fosse um peixinho
E soubesse nadar
Tirava a Sandra
Do fundo do mar
Siriri pra cá, siriri pra lá
A Sandra é feia e quer casar...

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Fala de criança

Fazia tempo que andava querendo falar daquele jeitinho fofo de pronunciar as palavras, que toda criança tem. Sophia também, claro. Mas ela está deixando esta fase tão rápido, que fico até triste. Fica uma saudade desde já, da criancinha/bebê que ela está deixando de ser.
Claro que toda idade tem seu encanto, ela está falando coisas abstratas também, que me deixam impressionada. Tem um vocabulário super legal (em dois idiomas! no alemão fala coisas como "saboroso", "relaxar" e "impaciente") e uma memória excelente (ela se lembra de palavras como para-brisa - ainda que diga "pala-bliso", pois é meio cebolinha), ouve uma palavra uma única vez e não esquece!
Mas são essas palavrinhas que acabam ficando na memória familiar, né?
Lembro até hoje da minha irmã falando "capedral", para falar da Catedral, do meu irmão nos acordando de manhã com um repertório todo particular: "Acoldem, já "desamanheceu", a, b,c, d, h, s, bang, bang Lucky Luke!!", do meu priminho chamando minha princesa de "Suafia" (em vez de Sophia), da minha prima falando que as coisas eram "babibosas" (perigosas), entre outras pérolas familiares. Então fico já agora sentindo saudade das pérolas de Sophia...

Mas enfim, como este blog também tem como intuito ser um pequeno compêndio da infância das minhas duas meninas (para elas poderem ler mais tarde), queria registrar aqui algumas palavras bonitinhas (e expressões típicas) que Sophia (ainda) diz de forma engraçadinha:
- bandarina (bailarina)
- astustar (assustar)
- macurujá (maracujá)
- kleinkind (arlequim, que é o bonequinho, companheiro fiel das horas de dormir. Interessante é que kleinkind significa criancinha em alemão, bonitinho, né?)
- pomacha (borracha)
- adunto (adulto)

Influências do alemão:
- manga de suco (suco de manga, construção frasal alemã, mas agora ela já fala certinho)
- posso te fazer bonita? (posso te arrumar, em tradução do alemão ao pé da letra)
- fala "sim" o tempo todo, em vez de responder com o verbo com o qual uma pergunta foi feita. Tipo: Você quer macarrão? Você vai pra escolinha? Você tá com sede? Você viu a galinha? Para tudo isso a Sophia sempre responde "sim", quando um brasileiro tenderia a responder: "quero", "vou", "tô" e "vi".
- colocar o verbo no final da frase (de novo, repetindo a formação de frase típica do alemão): mamãe, posso ainda o do macaco "astistir" (posso assistir o (desenho) do macaco)?
- confundir o ser/estar: onde é a Helena?
- traduções literais do alemão como "flor do sol" (girassol), "médico do dente" (dentista), "pano de mão" (toalha), entre outras...

Expressões típicas dela:
- Tive uma ótima ideia!
e quando a ideia não foi tão boa assim:
- esta é uma péssima ótima ideia :-) (mas já está falando certo aqui também...)

Bem, como nem todos são linguistas vou parando por aqui, para ninguém se entendiar: uma ótima ideia, não? :-)

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Nacionalidade

Este post é só para dizer que a Helena agora também é brasileira!
Engraçado como estas coisas são importantes, não? Não sei explicar o motivo. Mas acho que eu ficaria muito decepcionada se minhas filhas não falassem o mesmo idioma que eu e se não tivessem a mesma nacionalidade. É uma parte importante minha, que compõe a minha personalidade, a minha maneira de pensar e agir e até mesmo a forma de eu me expressar.

Então no final de semana fomos até Berlin, em primeiro lugar para a minha mãe conhecer a cidade.




E aproveitamos para irmos até a Embaixada, na segunda-feira. Engraçado que só de entrar na Embaixada a gente já se sente um pouquinho em casa. Estava lendo um blog agorinha falando de trilhas sonoras e foi só eu me lembrar da Embaixada, para relembrar a música em que estava pensando quando lá entrei:

Isto aqui, ô, ô
É um pouquinho de Brasil, Iaiá
Desse Brasil que canta e é feliz,
Feliz, feliz


E me lembrei da música tanto pelo lugar, pelo ambiente, pela falta de organizaão (rá! também é uma característica nacional, não?), quanto pelas pessoas, pelas conversas simpáticas e tudo mais... Mas depois de algumas enrolações é oficial: Helena também é brasileirinha.



Nem foi tão difícil assim: basicamente é necessário preencher um formulário, anexar fotos, documentos dos pais (passaporte), comprovante de endereço (fazia muitos, muitos anos que eu não precisava disso já que a identidade alemã tem o endereço escrito atrás, então é só mostrar e pronto... mas a Embaixada não aceita documentos estrangeiros, então tinha que ser uma conta. Só que difícil achar conta quando pagamos tudo por online banking, não?... Por sorte eles aceitaram uma carta do seguro de saúde), certidão de nascimento alemã e ir pessoalmente até Berlim para conferir a certidão prévia e pessoalmente.

E foi bom. Quase que o maridão vira albanês se eu não confiro direitinho :-)

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Saudades e gracinhas

Continuo aparecendo pouco, afinal ainda estou com visitas, oba!
A Sophia está na praia com os avós e está adorando. Quase que as coisas deram errado, no entanto.
No segundo dia de praia, meu sogro me liga avisando que Sophia estava com febre. Nossa, me desesperei. Queria pegar o carro e ir buscá-la imediatamente. Acho que só não fui pois já era tarde da noite e eu tinha acabado de dirigir 200 kms (e teria que dirigir quase o dobro disso para ir buscá-la)... Ela já estava com uma tossezinha quando saiu daqui, mas parece que lá a tosse piorou e, como acontece algumas vezes nesta situação, teve uma hora que tossiu tanto, mas tanto, que até vomitou. Ai, claro, ela só pensava em vir pra casa e meu sogro ligou para que eu a acalmasse. Mas como acalmar quando sua filha liga e fala assim: "mamãe, eu tô doente. Eu tô triste mamãe, vem me buscar agora". Com muita ênfase no "agora"... Fiquei com o coração partido.
Acalmei a Sophia da melhor maneira que pude e combinamos de telefonar no dia seguinte de manhã. Por sorte ela passou super bem a noite, minha sogra ficou com ela no quarto a noite inteira para conferir se a febre não voltava, e acordou já bem mais feliz (e sem febre!). Ela falou então comigo num tom bem mais animado, me contando que os avós tinham até deixado que ela assistisse televisão (e eles nunca deixam, meu marido e cunhada cresceram sem tv em casa). Rá, me senti vingada no dia em que eles me olharam torto pois eu permiti que ela assistisse um desenho na hora do jantar, num dia em que o ciúme em relação à Helena andava a mil...
Enfim, como a febre não voltou e o seu humor estava cada vez melhor, ela ficou.

Com isso a Helena está ganhando uma porção extra de mamãe. E é a sorte, pois a Helena está bem exigente, querendo muuuuuito colo. Desde que ela começou a virar que ela não quer mais ficar deitadinha no chão. É ela encostar as costinhas no chão que ela já vira. E depois de virar e brincar um tempinho ela se cansa e começa a chorar. Ela ainda não consegue desvirar e, talvez, isto seja o motivo para a sua frustração.

No mais Helena tem estado muito ativa. Ela adora brincar com seus brinquedinhos agora. Ela pega, põe na boca, joga fora, tenta pegar de novo, usa os pés para pegar também e faz muitos barulhinhos. Ela está treinando a ação de tirar a chupeta e recolocá-la na boca (ainda sem sucesso, o que também é motivo de muita reclamação!). Ela adora copos (fica toda entusiasmada quando me vê bebendo água!), o lustre da cozinha, espelhos e a mamãe, claro :-) Acho que sou o brinquedo favorito, heheheh. Ela adora puxar meu cabelo, segurar minhas roupas e babar no meu ombro, entre outras coisas. 
Ela continua não dormindo muito durante o dia, mas à noite até que dorme bem. Claro que ela acorda para mamar. Mas nem abre os olhos, só mama e já volta a dormir rapidinho. E falando em acordar... ela acaba de me chamar :-)