quarta-feira, 28 de março de 2012

Bilinguismo na Alemanha

A primeira vez que falei em uma língua estrangeira foi durante uma viagem à Itália, quando eu tinha 12 anos. Estávamos meus pais, meus irmãos e eu em Veneza, andando à beira dos canais, quando uma turista chega perto de mim e me perguntou onde ficava a Praça de São Marcos. Para minha surpresa, eu entendi o que ela queria e soube responder (provavelmente a única coisa que eu conhecia na cidade era justamente esta praça)! Lembro até hoje da cara da minha mãe me questionando: o que ela queria com você? E da expressão de surpresa dela quando lhe contei orgulhosa que eu tinha conseguido responder!

Nunca tinha pensando, até então, que as minhas aulas de inglês na escola tinham verdadeiramente uma função prática. Porém, foi a partir deste dia que me apaixonei pelo estudo de línguas estrangeiras. Obviamente não sabia na altura que eu me casaria com um "gringo" e que anos mais tarde viveria fora do Brasil. E também não sabia, ao escolher fazer um mestrado exatamente na área do bilinguismo, que eu teria filhas bilíngues.

Mas fato é que agora estou aqui, com duas filhas (uma de 4 anos e outra de 13 meses) que falam dois idiomas.
Confesso que é uma experiência rica, mas ao mesmo tempo, cansativa. Tenho sorte, no entanto, por ter um marido que domina perfeitamente os dois idiomas. Assim, a minha comunicação com as meninas não é vista com maus olhos por ele, pois é bem mais difícil tentar falar só no idioma nativo com os filhos, quando o pai não entende patavinas do que você está falando...

Aqui em casa escolhemos o método "one parent one language", isto é: eu falo exclusivamente em português com as meninas e ele alemão. Muitas vezes temos conversas altamente malucas em que eu falo com a Sophia em português, ela quer perguntar algo pro pai, traduz o que eu acabo de dizer pro alemão, o pai responde, ela traduz para o português para mim, com uma naturalidade desconcertante, e assim seguimos conversando. Mas como tanto o pai é fluente em português quanto eu em alemão não nos importamos de conversar desta maneira. Com isso a Sophia domina muito bem as duas línguas.

Ainda que tenha à disposição livros, DVDs, CDs e joguinhos tanto em português quanto em alemão, é esta última a língua que Sophia realmente domina, afinal moramos aqui e fora o input que ela recebe de mim, todo o resto vem em alemão: escola, família (do pai), televisão, rádio, etc. Ainda não passamos pelo desafio da alfabetização, mas meu objetivo é que ela também seja alfabetizada em português. Na verdade, ela já está escrevendo algumas palavrinhas e lê todas as letrinhas, mas não tenho incentivado mais pois acredito que ela deva ser alfabetizada primeiramente em alemão. Então a parte de leitura e escrita bilíngue vai ter que ficar para um post futuro.

Nem sempre a fluência nas duas línguas foi igual. Passamos por uma fase, quando a Sophia tinha 2 anos, em que ela só me respondia em alemão. Nunca deixei de conversar com ela em português e também não fingia não entender o que ela estava me perguntando. Nesta idade, em que o ato de falar ainda estava se consolidando, não queria exercer cobranças muito grandes, pois sei que isso poderia atrasar o desenvolvimento da fala como um todo. O que fiz foi ir para o Brasil. Lá ela pode brincar e interagir em português com naturalidade e como o meio realmente não a entendia, ela se viu forçada a se comunicar em português. O contrário também já aconteceu. Voltamos de férias prolongadas do Brasil e ela não queria mais se comunicar em alemão. No entanto, umas duas semanas depois tudo voltou ao "normal".

Um conselho, aliás, que sempre dava aos pais dos meus antigos alunos (trabalhei por alguns anos em uma escola bilíngue alemão/português) era:  não desista e não misture. Não comece a falar em outra língua porque seu filho não está respondendo "corretamente". E não tenha vergonha de falar no seu idioma em público. Traduza depois para quem estiver ouvindo a conversa, se for o caso, mas continue falando normalmente com o seu filho. Com a Sophia isso agora é tão natural, que se tento falar com ela em alemão, ela não aceita. Ela me pergunta logo porque estou falando com ela "esquisito". Então, até na escola converso com ela em português.

A escolinha, por sua vez, age com naturalidade em relação à questão bilíngue. A maioria dos casamentos em Hamburgo, atualmente, é de casamentos multi-nacionais e 60% das crianças em idade escolar, em grandes centros, têm duas ou mais línguas maternas!
No entanto, nem sempre é fácil a aceitação dos alemães. Percebi que a aceitação depende muito do nível educacional da pessoa. Pessoas instruídas aplaudem os esforços bilíngues dos estrangeiros. Já me aconteceu, porém, de estar andando na rua (e falando com uma amiga portuguesa) e um senhor idoso gritar em nossa direção: vocês estão na Alemanha, falem alemão! A questão da imigração e da integração é um assunto muito debatido por aqui, embora nem sempre abertamente. Como há muitos imigrantes há também muito preconceito e medo de que os estrangeiros tirem os empregos dos alemães. Muitas famílias, com medo de não serem aceitas, com medo do preconceito, acabam optando por abrir mão da língua materna quando as crianças entram na escola, mas o resultado tem sido, algumas vezes, catastrófico: crianças que não são capazes de se comunicar perfeitamente em nenhum idioma - o chamado "seminlingualism". 

Na minha família a questão do bilinguismo é bem aceita. Meus pais morrem de orgulho de verem a netinha falando tão bonitinho um outro idioma e meus sogros entendem que é importante, ainda que de vez em quando eu ouça algum comentário do tipo: a Sophia não está pronunciando bem os "Rs", será que ela não está sobrecarregada tendo que aprender duas línguas simultaneamente? Pra minha sorte nunca passou disso e eu sempre deixei bem claro que eu não admitiria intromissões neste quesito da educação das minhas filhas. Sempre frisei muito bem que faço questão que elas aprendam a minha língua da melhor maneira possível e que estou certa de que estou lhe dando o melhor presente para o seu futuro: o bilinguismo. 

Cansei de me deparar com pessoas que poderiam ter sido bilíngues e que não eram, por motivos diversos, e que estavam tentando recuperar o tempo perdido aprendendo português na universidade, ou através de aulas particulares. O comentário mais frequente era: ah que pena. Ai que desperdício... E é isso mesmo. Pra que desperdiçar esta oportunidade única?

Voltando ao começo do meu post: eu tive esta sensação de prazer em perceber que entendia dois idiomas com 12 anos e não era bilíngue. Minha filha com apenas 4 já vem lidando com esta questão desde que nasceu. No começo ela não sabia o que eram línguas estrangeiras, para ela existiam "o jeito da mamãe falar e o jeito do papai". Durante muito tempo ela generalizou e achava que mulheres falavam português e homens alemão. Sempre. Sem exceções. Nesta fase o meu pai suou um pouco pois Sophia se recusava a falar com ele em português :-) Agora, ela já sabe que pessoas falam línguas diferentes, já estuda inglês na escolinha e fala com todo o orgulho do mundo que sabe se comunicar em dois idiomas. Então acho que estamos no caminho certo. Helena fala pouco, mas o que fala já sai em duas línguas também.

Torço para que algum dia minhas filhas também possam passar este presente tão rico adiante...

Este post faz parte de uma blogagem coletiva do grupo Mães Internacionais. Se quiser saber mais sobre o bilinguismo em outros países é só clicar!

23 comentários:

Paloma Varón disse...

Não tenho marido gringo, mas vejo com muito bons olhos o método onde parent, one language. Eu faria o mesmo, na sua situação. Um idioma (ou mais) a mais nunca pode ser prejudicial a uma família!
No mais, vou copiar aqui o que te respondi no meu blog:
"Karen, para começar o bilinguismo (ainda mais com alemão, língua tão difícil, com suas declinações e palavras imensas) tá ótimo! Claro que depois outras línguas virão, né? Mesmo que vc fique aí, elas aprenderão na escola e com certeza vão se dar muito bem, por já terem dois idiomas de saída e não apenas um.
Mesmo as minhas, que eram monolíngues até janeiro, estão se saindo bem, imagine quem já nasceu com dois idiomas em casa?"
Beijos

Paloma Varón disse...

Ah, e eu poderia ter sido bilíngue de nascença (meu pai é colombiano) e não fui. Treinei espanhol na infância com a minha família,q ue via muito pouco, mas com quem mantinha contatyo por cartas. Só fui aprender espanhol de verdade (gramática e tal) quando já estava na faculdade.
É uma pena desperdiçar tal oportunidade, mas a verdade é que hoje, o meu pai (há mais de 30 anos no Brasil) já meio que esqueceu o espanhol, acredita?
Esteja certa de que, sim, vc está dando um grande presente às suas filhas.
Beijos de novo!

sou Bárbara disse...

Essa questão do bilinguisnmo sempre esteve presente na minha vida, desde sempre... meu pai é alemão de nascença, mas foi criado no Brasil, e minha mãe também teve o alemão em casa, além de ser formada em letras alemão... A minha primeira lingua em casa foi o alemão, mas daí entrei na escola e tudo desandou... nem meus pais falavam mais comigo em alemão, foram perdendo a desenvoltura de manter o alemão num lugar onde niguém mais falava e que algumas vezes ainda era motivo de tiração de sarro... Fico triste de nõ terem insistido mais com a lingua em casa, mas ao mesmo tempo entendo, porque eu mesma não sei se vou conseguir fazer o mesmo com mesu filhos... Morando aqui na Alemanha seria mais fácil, teríamos a ajuda do "meio", já que nem eu nem marido dominamos tão bem assim o alemão... Tenho muita vontade de que meus filhos sejam bilingues, mas sei que a luta vai ser dura, ainda mais de voltarmos pro Brasil, que é quase certeza... Vou precisar se muita vontade e sabedoria pra lidar com tudo isso quando chegar a hora...

beijinhos

Anônimo disse...

Também vejo com muito bons olhos essa questão de dois idiomas na vida da criança...parabéns pelas filhas espertissimas!!!!

bjs

Juliana Tassi Borges Zenaide- Contos de Mãe disse...

Oi Karen, será muito importante sim e elas aproveitarão muito e como criança aprende rápido, acredito que é melhor ainda, pois aprendem sem sotaque, o que é excelente.
Um beijo grande!! Ju

Ingrid Gomes disse...

Retribuindo a visita e conhecendo o seu blog! =)
Que bacana que mora em Hamburgo, já passei duas temporadas por ai, é uma cidade linda e realmente, cheia de estrangeiros.

Eu confesso que não acho legal quando vejo uma mãe falando com o filho em outro idioma, piiiiiiior ainda aquelas que ainda carregam um bom sotaque regional brasileiro, a criança fica cheia de vicios e o idioma que poderia ser limpinho e lindo como o de um nativo, vai ser carregado e digno de um estrangeiro que acabou de chegar, sacanagem!

Aqui fazemos oque podemos pra que o nosso filhote aprenda, mas oque queremos mesmo é que ele se interesse e goste de oturos idiomas, ai que tá o barato da coisa, quando a criança curte né!

Eu além de portugues, falo inglês e espanhol desde 10 anos, fiz aulas de italiano mas por pura preguiça deixei pra lá, entendo perfeitamente mas fico meio timida na hora de responder, penso em retomar o estudos, acho um idioma lindo.

Quanto ao Holandes, bom, leio, escrevo, entendo, mas também não sai, trava na hora de falar, até porque o povo não tem saco e ai a gente perde a vontade hahaha.

Beijocas querida e parabéns pelas filhotas.

Sandra Kautto disse...

Já ouvi muito: Fala em finlandês, você está na Finlândia! rs rs. Eu e o marido sempre conversamos em português, desde do namoro. Algumas poucas vezes usamos outro idioma para falar algo..por isso acredito que o Elias vai ter uma boa base para o português. Agora uma coisa é certa, eu é que vou aprender com ele a falar finlandês pra valer...rs rs.

Parabéns pela experiência e pelas filhas bilingues!

Beijos

Celi disse...

Karen adorei seu post e me identifico muito com vocês em relação ao idioma: português e alemão. A única diferença é que não sou fluente no alemão....rs Acho que é por isso, que sou super a favor do conhecimento pelos meus filhos. Incentivamos muito, cada um sem seu idioma. Acho que eles só terão ganhos na vida. Não é mesmo?
Um grande beijo.

Neda disse...

Sempre acho muito enriquecedora a experiencia de quem é casado com uma pessoa de nacionalidade diferente e consegue com que os filhos aprendam todos os idiomas. Não vejo nada demais em falar um idioma estrangeiro fora de casa, desde que todos e principalmente as crianças se sintam bem como isso. Em casa eu nunca fui obrigada a falar espanhol com minha mãe, mas ela sempre falou comigo e eu respondia em português. Mesmo quando ela vem me visitar aqui na Argentina é assim, eu me esforço para quando estamos em grupo falar espanhol com ela, mas não consigo.
BJS

Andréa disse...

Oi Karen, obrigada pela visita! Adorei conhecer teu blog e ler a tua experiência com o bilinguismo. Achei muito fofo a tua filhinha achar que homens falavam alemão e mulheres português. Quem disse que crianca não tem pensamento lógico?
Meu marido tb fala português e também não fica de fora das conversas, o que ajuda muito no nosso dia a dia. Bom sorte com as pequenas!

Unknown disse...

Oi Karen,

tenho visto os filhos dos meus amigos por aqui... As criancas tiram esse negocio de idiomas muito mais rápido que nós... Eles aprendem tudo como uma esponjinha...
Suas filhas vao se sair muito bem, voce vai ver!
bjsss

Dany disse...

Tô amando esses posts sobre bilinguismo. Apesar de não morar em outro país e não ter marido de outra nacionalidade, me interesso pelo assunto porque sou professora de inglês. Qualquer assunto sobre "línguas" me interessa. ;-)
Eu acho que vc está no caminho certo, sim! Suas filhas vão te agradecer um dia.
Tenho muitos alunos adultos que têm muita dificuldade no idioma. Aprender mais tarde não é impossível, mas demanda mais tempo e dedicação. Então, se vc pode dar esse presente às suas filhas, ótimo!

Ana Gaspar disse...

oi Karen!
leipzig é do lado de Dresden...que bom saber que lá tem um zoológico bacana, aind amais que tenho criança como você, e Valentina ama zoologico. Alias, acho que toda criança gosta né! Sei que o Zoo de Berlin é considerado um dos melhores do mundo, passou uma vez no fantástico, mostrou o Zoo de Berlin e de uma cidade nos EUA, dizendo ser os dois melhores do mundo, tanto em éspecie de animais, quanto ao cuidado, enfim o local do Zoo...
AH! Seus filhos são lindos...
Então ainda não estou aí, apenas Ivan que esta... chego agora dia 08 de abril (na páscoa). Mas Ivan já alugou nossa casa, já errumou escola pra Valentina (foi um parto isso), tivemos que colocar ela em uma escola particular e ainda provisório, pois tinha vaga apenas para esse semestre, apartir de setembro estamos na mão de novo... Ixi, tanta coisa pra conversar com vocês que estão aí né...
Mas amei ter você aqui como mais uma amiga...
beijãooo

Ana Gaspar disse...

oi Karen!!!
agora vou falar a respeito deste post: AMEI!!!
tenho muito interesse em biliguismo, porém meu caso é diferente do seu, pois eu e Ivan somos brasileiros. No nosso caso, a Valentina já fala o portugues e irá entrar na escola do zero, sem saber nadinha... e em casa será o português com a gente. Ivan usa o inglês no trabalho (ainda não fala o alemão). Eu irei estudar alemão integral (todos os dias). Bom, não sei como a Valentina vai se sair na escola, estou preocupadíssima com isso, pois como ela vai se virar no começo... ai, ai... que dó...
se vc tiver algo a me falar adoraria...
beijoss

Anônimo disse...

Que super!
Adoro ver casos de sucesso bilinguísticos ;-)
Uma das famílias a qual trabalho veio de um país que fala inglês. Eles não estão aprendendo alemão (vão pra escola internacional). Nem os pais. E não sabem quanto tempo ainda morarão aqui (talvez uns 3 ou 4 anos no total). Aí pensa: é "só" uma segunda língua, as crianças (6, 4 anos e 9 meses) têm essa super chance de aprender alemão e podem continuar aprendendo se voltarem à seu país, com aulas particulares.

Eu não entendo esses pais...

Nivea Sorensen disse...

Karen,
Tenho a impressão que as coisas se resumem a tal da necessidade. Você deu valor e se sentiu feliz ao ver uso das aulas que tinha quando precisou responder uma pergunta. Isso é um grande prazer, não é? Aprender por aprender não significa nada, mas espero que o fato de que meu filho vai precisar do português para se comunicar com a minha família crie a vontade de continuar falando o idioma
Um beijo

Maria Claudia disse...

Oi Karen,adorei que vc tenha abordado esse tema, realmente ficamos muito orgulhosos e surpresos com a naturalidade e facilidade com que nossos filhos desde tao pequenos possam estar aprendendo mais de 1 idioma ao mesmo tempo e tendo desde cedo uma consciência de que existem outros países,outros idiomas e outras culturas. Confesso que quando a Elouísa era bem pequena, tive um pouco de dúvida se conseguiria "sozinha" ensinár-lhe o português...e hoje posso dizer que o resultado é muito satisfarório e admirável. Concordo com vc com relacao a alfabetizacao, embora a Elouísa já saiba escrever o próprio nome, algumas palavrinhas, letrinhas e números, e que tenha sido eu a pessoa que ensinou, no momento dei uma parada e deixei essa missao p o pai, pois tb achamos que esse processo deva acontecer primeiro em alemao. Orgulho de mamae é que ela já sabe falar tb o espanhol, afinal a cada 6 meses estamos com a família espanhola e eles tb aqui por aqui. Amélie tb já fala uma ou outra coisinha nos 2 idiomas e ontem pela primeira vez um "Hola" espanhol. O bilinguismo nao é uma tarefa fácil, exige disciplina e dedicacao por parte dos pais, mas o resultado é muito satisfatório. Um beijo

Maria Claudia disse...

Oi Karen,adorei que vc tenha abordado esse tema, realmente ficamos muito orgulhosos e surpresos com a naturalidade e facilidade com que nossos filhos desde tao pequenos possam estar aprendendo mais de 1 idioma ao mesmo tempo e tendo desde cedo uma consciência de que existem outros países,outros idiomas e outras culturas. Confesso que quando a Elouísa era bem pequena, tive um pouco de dúvida se conseguiria "sozinha" ensinár-lhe o português...e hoje posso dizer que o resultado é muito satisfarório e admirável. Concordo com vc com relacao a alfabetizacao, embora a Elouísa já saiba escrever o próprio nome, algumas palavrinhas, letrinhas e números, e que tenha sido eu a pessoa que ensinou, no momento dei uma parada e deixei essa missao p o pai, pois tb achamos que esse processo deva acontecer primeiro em alemao. Orgulho de mamae é que ela já sabe falar tb o espanhol, afinal a cada 6 meses estamos com a família espanhola e eles tb aqui por aqui. Amélie tb já fala uma ou outra coisinha nos 2 idiomas e ontem pela primeira vez um "Hola" espanhol. O bilinguismo nao é uma tarefa fácil, exige disciplina e dedicacao por parte dos pais, mas o resultado é muito satisfatório. Um beijo

Unknown disse...

Olá Karen querida adorei o seu texto!!Me identifiquei muito, por ter duas filhas e as caçulas serem quase da mesma idade.Acho que você esta correta, o melhor presente é aproveitar toda essa rica cultura quando pequenas..de forma natural sem pressão!!Super bjs

Ma disse...

Escrevi um comentário enorme e fui atender a bebê, faltou luz e perdi tudo... Bom, ótimo texto, aqui em casa falamos só português porque somos os dois brasileiros mas eu escorrego pro alemão de vez em sempre, confesso. Julia fala super bem português, mas tem um vocabulário mais limitado do que no alemão. Foi alfabetizada este ano e consegue ler no português tb, sem eu ter que fazer nada, foi automático. Acho que a receita do sucesso é não estressar com acriança e agir naturalmente, sem cobranças a coisa flui. A proposito, sou do Rio e fora do Brasil vou completar 10 anos, sendo 8 de Hamburgo. Bjs

Lu disse...

Adorei tbem saber que vc é linguista!! Eu sempre me interessei pelo assunto e o Uri é tipo meu laboratorio. Claro q no dia-a-dia as coisas são super naturais, eu simplesmente só falo Português e pronto, como se estivesse no Brasil, mas ver os frutos disso já acontecendo é legal demais!!!

Beijos!

Ana Paula - Journal de Béatrice disse...

Karen!
Seu post esta otimo, uma verdadeira aula com a sua experiência pessoal. Estou te linkando ; )
Beijos importados da França para vc.

Daphne Pierin disse...

Karen adorei seu texto! Q coincidencia vc ter escolhido o bilinguismo e hj viver cotidianamente com 2 linguas, nè!Tbm sempre gostei de aprender novas linguas.
Estou seguindo esse mètodo de eu falar em portugues e meu marido italiano com nossos filhos e estou me sentindo mais a vontade esperando colher os frutos, ou melhor, q meus filhos colham esses frutos no futuro dominando as duas linguas!
Parabéns pelo blog!
Bjs
Daphne