segunda-feira, 29 de julho de 2013

E o que mais me doeu....

Todo mês de julho Sophia costuma passar férias com seus avós paternos. Começamos quando ela tinha 2 aninhos.
Como a escolinha dela fecha por duas semanas no verão e naquele ano em especial eu queria guardar os meus últimos dias de férias para visitar meus pais no Brasil, tivemos a ideia de que deveriamos unir o útil ao agradável: permitir que Sophia passasse mais tempo com os avós, para que eles a conhecessem melhor e guardar meus últimos dias livres para eu pudesse tirar férias e Sophia passar mais alguns dias com seus outros avós.

Apesar da enorme dificuldade de deixar minha menininha tão pequenininha longe de mim (meus sogros resolveram levar a Sophia para uma praia não muito distante daqui), foi uma experiência muito bacana. Sophia ficou feliz de viajar com eles e de receber todos os mimos dos avós só pra si, eles se sentiram honrados por confiarmos neles a ponto de eles poderem viajar com a Sophia, marido e eu também aproveitamos para ir ao cinema, sair para jantar ou dançar e dormir até mais tarde no final de semana.

Desde então mantemos esta tradição das férias do verão com os avós. Por duas vezes ela já foi para a praia (uma das vezes com um priminho da mesma idade), uma vez para a Áustria e desta vez ela passou as férias na casa dos avós - que moram num paraíso infantil, no campo, com inúmeros animais e muita natureza.

E desta vez foi a primeira vez da Helena também. Do alto dos seus 2 aninhos lá foi ela passar 2 semanas juntamente com a irmã e os avós.

Ai, como foi difícil ficar sem as duas!! Claro que eu já sabia o que me esperava, mas nossa o "choque" por assim de dizer de ficar sem duas crianças é maior ainda :-)

Mas correu tudo bem, a experiência foi ótima, as duas voltaram entusiasmadíssimas (a Sophia inclusive já querendo voltar no outono!) e meus sogros felizes da vida por terem tido a companhia das duas por tanto tempo.

E engraçado que o que mais me doeu neste período, foi descobrir, quando me reencontrei com as meninas, que a Helena aprendeu a falar Sophia corretamente e eu não estava por perto para ouvir a primeira vez.

Uma das primeiras palavrinhas que ela aprendeu foi Baba, que era a forma como ela chamava a irmã, quando bebezinha. Depois aprendeu a falar "Ia", em seguida tivemos "Fia". Daí pulou para "Ofia" e, para minha surpresa, agora ela fala bonitinha "Sophia"... Não é lindo?

Lindo e triste, pois eu não ouvi a primeira vez.

sexta-feira, 28 de junho de 2013

30 Days Song Challenge - Dia 5

Nossa, demorei para conseguir escrever este post. E isso por ter uma missão difícil: escolher uma música que me faça lembrar de alguém. Não que isso seja difícil pra mim, eu tenho muitas lembranças musicais de pessoas que são ou que foram importantes na minha vida. E é aqui sim que está o problema.
Tem pessoas que têm uma memória fotográfica, outras memórias olfativas, algumas não têm memória e, arriscaria dizer, eu tenho uma memória musical.

Parece muito esquisito, e realmente é mas eu realmente tenho uma música associada a quase todas as pessoas importantes que já passaram pela minha vida.

Por exemplo, eu penso no meu marido e me lembro da música tema de Forrest Gump.
Penso nas minhas filhas e me lembro da música I Follow Rivers pra Helena e de This time for Afrika para a Sophia. E ai vai.

Ou seja, ficou difícil escolher uma música só.

Então resolvi fazer um apanhadão de pessoas bacanas, uma pequena homenagem a algumas das pessoas que me marcaram a ponto de eu ter uma música associada a elas :-) (Claro que não dá para mencionar todo mundo. Mas fiquei com vontade de falar destas pessoas abaixo).
E para arrematar vai um vídeo de uma música que me faz lembrar da pessoa mais especial de todas.

Com vocês desafio dia 5 - músicas que me fazem lembrar de alguém:

Tatiana: Esta música na verdade não existe, nós crianças é que escrevemos só pra você: Tatiana Shigunovana, Tatiana Shigunovana, Tatiana Shigunovaaaaaaaaaaa na!

Vera (a babá da Lica): Menina Veneno (Ritchie)

Pai: Amada Mia, Amore mio, lalalalalalalalala (Mike de Ville)

Guinho: Pies Descalzos (Shakira)

Lica: Carmina Burana O Fortuna (Carl Orff)

Du: Hey Jude

Gica: Faroeste Caboclo (nunca me esqueço de você tirando a letra da música, ouvindo uma fita pra trás e pra frente)

Daniela: Two Princes (Spin Doctors)

Alessandra: Canção da América (Milton Nascimento)

Angela: Senhas (Adriana Calconhoto)

Rúbia: Samba-Enredo 1993 A dança da Lua (Estácio de Sá)

Meu sogro: Are you lonesome tonight (Elvis)

Minha sogra: Life is Life (Opus)

E para terminar Ursinho pimpão:

Esta é pra você, mãe:




terça-feira, 18 de junho de 2013

Nó na garganta

Vim aqui, na verdade, para continuar o meu desafio musical, mas tem como escrever sobre música com tanta coisa acontecendo Brasil afora? Eu, sinceramente, não consigo.
A verdade é que mal estou conseguindo me concentrar no trabalho. Fico me policiando para não ver os novos links, as novas fotos e as novas notícias sobre as manifestações que chegaram até mim. Sim, pois hoje houve protesto até mesmo aqui em Hamburgo.

E a cada nova notícia me emociono com a coragem das pessoas, com a vontade de protestar por seus direitos, com o orguho de estar tentando fazer do nosso país um lugar melhor pra todos.

Me lembro dos meus dias em que também acreditava que podia mudar o mundo. Sou da geração cara pintada, que, sem saber muito bem o que estava fazendo, se estava sendo manipulada pela mídia ou não, saiu pelas ruas para pedir impeachment para o presidente Collor. Depois disso, quando entrei na faculdade, entrei para o centro acadêmico, entramos numa disputa para a UNE, perdemos e vimos na pele como a política já influencia os acontecimentos dentro de uma universidade. Até mesmo uma universidade sem tanto prestígio, como a minha.

O que ficou destes dias foi a certeza de que mudanças não ocorrem sem que haja muita luta. Os alemães costumam dizer: "von nichts kommt nichts" (nada surge do nada) e não por acaso o lema que escolhemos lá atrás, para a nossa campanha, foi "Ação e Reação".

Hoje, com estas novas manifestações ocorrendo no país, me alegro por muitas pessoas estarem experimentando este gostinho de mudança pela primeira vez. Este gostinho de tentar traçar os próprios destinos e de estarem tentando mudar o mundo. J

á vi muita gente reclamando do slogan #acordaBrasil, dizendo que os protestos já aconteciam anteriormente, mas ninguém notava ou se importava com eles. Sim, claro que os protestos já aconteciam, mas porque se incomodar com isso? Não é bom e positivo que mais pessoas estejam dispostas a ir para a rua? Não é bom que sejamos mais e não uns poucos incomodados? Não é bom sentir este pipocar de indignação brotando no peito de todos os brasileiros?

E quanto ao foco "reaça" ou não de tanto protesto. Aqui, para mim, é que reside o grande problema. Pois ainda que os protestos tenham começado pelo aumento das passagens, ninguém pode esperar, realmente, que agora as passagens no Brasil inteiro sejam realmente livres. Que todos possam utilizar transporte público gratuitamente. Então, cada um começou a fazer uma interpretação pessoal do que precisa ser melhorado no país: precisamos melhorar a educação, a saúde, a segurança pública, a infraestrutura, precisamos reduzir os gastos públicos, os cargos comissionados, a corrupção, os gastos com a Copa e as Olimpíadas, até acabar em pessoas que estão querendo o impeachment da Dilma.

Acho que o país esperou tanto tempo que temos agora uma infinidade de coisas pelas quais protestar. Tantas que acabamos correndo o risco de acabar não ganhando nada por termos perdido o foco dos nossos protestos.

Espero muito que cheguemos logo a um consenso e consigamos escolher um tema de cada vez para os nossos protestos. Espero que estas briguinhas tolas sobre a direita e a esquerda do movimento não ofusquem a vontade real de um povo de lutar por mudanças para todos. E espero que esta onda de indignação não se cale sem antes ter atingido pelo menos um único alvo que beneficiará a todos nós.


quarta-feira, 12 de junho de 2013

Dente mole

Interrompemos nossa programação normal para avisar que a Sophia está com o primeiro dente mole!

Perguntas que não querem calar:

Como isso foi acontecer assim, tão de repente?
Quanto tempo um dente fica mole até finalmente cair?

Devo ficar feliz ou triste???

0
1 ano
2 anos

3 anos




4 anos




5 anos

quinta-feira, 6 de junho de 2013

30 Day Song Challenge - Dia 4

Eis que cheguei ao quarto dia do meu desafio musical com uma missão difícil, falar de uma música que me deixa triste sem chorar. Já falei no meu último post musical que eu gosto de música triste. Gosto de música gritada, dessas que parecem sair do âmago da pessoa. Destas que te fazem refletir.

Confesso que também sou uma pessoa que precisa chorar de vez em quando. Parece que dá aquela limpada na alma. Sou meio dramática por natureza e acho que chorar me liberta. Não sou de guardar rancor, então não vou ficar pensando mal de alguém a vida toda, se este alguém pisar na bola comigo. Mas a minha primeira reação ao me sentir chateada/magoada/triste/frustradíssima/confrontada é chorar. Algumas lágrimas depois já está tudo certo.

Também me emociono fácil, confesso. Choro com comercial, choro quando minhas filhas falam algo fofo, choro de saudade, choro de alegria, choro de rir, choro de dor e de tristeza. E, por vezes, nos meus momentos mais insanos, coloco músicas que me fazem chorar, porque me fazem lembrar de situações ou pessoas que passaram pela minha vida.

Nestes momentos tenho várias músicas que me deixam triste, justamente por me fazerem lembrar de coisas ou pessoas. Mas uma delas é especial, uma delas me faz lembrar tanto de amores passados, amores presentes, família e amigos ao mesmo tempo. Ela me faz querer estar junto daquelas pessoas, de estar sonhando com o futuro, de fazer planos para um futuro que nunca virá.

Dia 4 - uma música que me deixa triste:



quarta-feira, 5 de junho de 2013

Dicas para (voltar a) escrever

Estes dias uma amiga blogueira, que soube da minha volta ao mundo bloguístico, me perguntou se eu não queria participar do seu blog como convidada, dando dicas sobre como se motivar para escrever um blog.
Na hora eu gelei e pensei: mas como assim? Logo eu que fiquei tanto tempo sem escrever? Como vou conseguir ajudar alguém se eu quase que desisti da minha missão no meio? Mas ela insistiu: mas você voltou.
Com este argumento ela me ganhou. É verdade, eu voltei. E espero ficar. E este convite também valeu como um incentivo e tanto!

Espero conseguir usar as minhas dicas para mim própria, para que eu esteja sempre voltando por aqui :-)

E quem quiser ler o que eu escrevi, aqui vai o link.

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Foras de Sophia

Será que dar foras é algo genético?

Se for a Sophia está perdida. Ela é bisneta da minha avó e a minha avó era campeã em dar foras. Até hoje minha mãe e minhas tias falam "da sutileza de mamãe" e se você desconfia que estou sendo irônica, desconfiou certo.

Agora nem me lembro de um caso concreto da minha avó para contar, ou nada que eu possa publicar :-), mas da Sophia acho que posso contar, né?

Primeiro tenho que mostrar um produto para vocês:

Este é o capri-sonne, um suquinho aparentemente inofensivo muito popular por aqui. Tem de vários sabores e as crianças adoram. Mas é um refresco, feito com somente 12% de fruta e muito açúcar para compensar. E aqui não é difícil encontrar sucos de pacote 100% naturais, sem conservantes, corantes ou açúcar. E também em pacotinhos pequenos, com canudinho,coisa que qualquer criança adora. Então claro que opto por comprar um suco "de verdade" pras minhas filhas, em vez de refrescos.

Eu sempre explico pra Sophia que o Capri-Sonne é muito doce, que pode tomar de vez em quando, mas não todos os dias. Na verdade, ela só tomou uma vez, quando estávamos na rua e Helena estava aprontando um escândalo que estava com sede. Fui até um mercadinho e lá só tinha Capri-Sonne e água. Comprei água pra Helena e o bendito pra Sophia. Ela gostou, mas não amou.
Melhor assim, ela nem pediu mais e pronto. Assim ela pode comer as suas queridas balinhas de gominha (gummibärchen) - e isso ela come com frequência - e economiza no açúcar do suco (e mesmo o suco 100% fruta ela toma misturado com água, como é costume por aqui, nem é muita invenção da minha parte).

Agora voltando ao "causo" de segunda-feira. Fui buscar a Sophia na casa de uma amiguinha. Fiquei conversando um pouco com a mãe da amiguinha e ela me diz: Sophia brigou comigo hoje. Já fiquei nervosa, achando que a Sophia tivesse feito alguma arte, ou que tivesse até sido rude com a anfitriã. Daí a mãe continua: "ela brigou comigo pois eu tinha dado um Capri-Sonne pra minha filha tomar. Aí ela começou a me explicar que o capri-sonne tinha muito açúcar, que não era nada saudável, que estragava os dentes e que a minha filha logo estaria sem dentes se continuasse tomando aquilo".

Eu ainda tentei ensair um "me desculpe" (mas estava já com vontade de rir, pra ser sincera), mas a mãe foi completando: "mas ela está certa, tem mesmo muito açúcar, tenho que começar a procurar por um outro tipo de suco".

Então tá, né? Calei-me. Quem cala consente.