segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Piratas


Ontem à noite, na hora de ir para a cama, a Sophia me pede: mamãe vamos ler o livro do pirata? Eu respondi como sempre faço nestas horas: Claro, claro. Deita na sua caminha que eu já pego o livro para lermos. 
Esta é a resposta padrão pois, se peço para ela mesma pegar o livro que vamos ler, ela fica uma meia hora para escolher um livro e acaba indo pra cama com uns 57 livros e vai querer ouvir pelo menos 42 deles antes de concordar em apagar a luz.

Enfim, ela foi pra cama, se sentou esperando por mim e eu comecei a procurar o tal do livro. Só que procuro daqui, procuro de lá e nada de achar. Daí paro pra pensar um pouco e me lembro que ela, na verdade, NÃO tem um livro de piratas... Começo então a procurar nos livrinhos de contos de fadas para ver se algum deles tem a história do Peter Pan e nada. Passo então a procurar por livros com alguma imagem de alguma menina de maria chiquinha (a minha fofa é super fã da Pippi Langstrumpf, uma menina super forte, filha de um pirata. E qualquer menina de maria chiquinha serve como Pippi. Quem quiser conhecer melhor, clique AQUI). Porém, ia mostrando livro atrás de livro e nada servia. Nenhum deles era o tal livro de pirata que ela queria ler.

Muito a contragosto, disse a ela: então vem você procurar o seu livro, pois não estou achando. Ela desce da cama e em 5 segundos encontra o livro que quer ler e desta vez nem vem com 56 outros para acompanhar. Quando vejo, finalmente, qual livro ela queria, eu fico ali, de queixo caído. Na capa do livro estava estampado o título: Histórias da Bíblia para crianças e como imagem tinha Jesus e alguns discípulos em um barco (clique AQUI se você quiser ver a capa do livro). Na lógica dela homens, de BARBA, em um barco são piratas :-)

Não sou uma pessoa híper religiosa, eu confesso. Mas rezo todas as noites com a Sophia e já tinha lido o tal do livro do pirata com ela, ainda que ache difícil dar resposta para todos os porques dela, quando eles se direcionam à Bíblia.

Mas acho que vou ter que encontrar respostas e rapidinho. Afinal já fiquei imaginando a cena na escolinha da Sophia (que é uma escolinha católica): alguém mostra uma imagem de Jesus e pergunta: quem é este aqui? E a Sophia, levanta a mão para responder, toda contente: é um pirata, é um pirata!

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Amor de irmã

Assim que acordamos a Sophia para ir para o hospital, ela ficou toda animada. Deu o maior sorrisão quando soube que era aquele finalmente o grande dia. Ficou um pouco inconformada quando dissemos que ela não poderia ir com a gente direto pro hospital, mas que só poderia ir mais tarde, quando a Helena já tivesse nascido.

Então, quando ela finalmente pode ver a irmãzinha, ela deu um daqueles sorrisos super verdadeiros e felizes que só uma criança é capaz de dar. Veio correndo até Helena e eu, deu um beijão nela e já virou para mim pedindo para pegá-la no colo e foi logo declarando: mamãe eu quero ficar um montão aqui com vocês, tá? E ela abraçou, beijou, fez carinho, tudo com tanta delicadeza e amor que fez a mamãe destas duas princesas derramar várias lágrimas de felicidade de ver as duas... Foi super legal que naquele primeiro contato entre as duas a Helena estava acordada. Como ela ainda dorme bastante, a Sophia fica por vezes um pouco triste quando chega da escola e a irmã ainda está dormindo ou já está dormindo novamente.

Desde então, cada vez que ela ouve um gemidinho, ela vai correndo até a irmã mais nova e quando os olhos estão abertos, grita toda eufórica: o olho está aberto, olha! E assim têm sido os dias. Claro que às vezes os abraços são um pouco apertados demais, outras vezes ela quer brincar e as brincadeiras não são tão suaves assim, mas na maior parte do tempo o amor é lindo :-)

Aqui uma foto da irmã mais velha lendo pra irmã mais nova!

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

O parto

Impossível falar do parto da Helena sem me lembrar do parto da Sophia.
Ficava já pensando nisso ainda mesmo da Helena nascer. Afinal de contas o primeiro parto não tinha sido muito fácil e eu receava que o segundo também não o fosse.

Algumas diferenças (boas!) já foram sendo notadas: a 35ª semana passou e a Helena não nasceu. Nem na 36ª, nem na 37ª. O meu maior medo, de ter mais uma vez uma filha um pouco pré-matura, não se concretizou e eu fiquei muito, muito grata e feliz. Aí veio todo aquele quadro doido de tosse, gripe, possível fratura de costela, etc, etc, e eu pensei, pronto, não vou sobreviver ao parto. Desta vez vai ser ainda pior.

E com estas coisas na cabeça, este misto de aquilo foi melhor da outra vez e isso está sendo melhor agora, deu-se o início do parto, que foi igual nos dois nascimentos: a bolsa rota. Mas se na primeira gravidez fiquei em dúvida se era mesmo a bolsa, já que a quantidade de líquido tinha sido pequena, desta vez não houve dúvidas: foi aquela enxurrada de filme :-)
Aí, acordei o marido, ligamos para a nossa amiga Vi que ia cuidar da Sophia até minha sogra chegar, arrumamos uma mochilinha de brinquedos para a nossa fofa não se sentir muito perdida, colocamos a necessaire na malinha e saímos de casa. Nisso as contrações (que já tinham começado no dia anterior) foram se tornando bem ritmadas. E quando já estávamos no carro não estava conseguindo conversar muito bem conforme as contrações iam chegando.

Chegamos no hospital e agora tinha certeza que desta vez eu não teria o problema de ausência de contrações, como no primeiro parto. Na primeira vez, quando cheguei ao hospital, me mandaram subir e descer escadas, andar em volta do hospital (que é imenso) e me exercitar para ver se as contrações começavam (mas nada adiantou). Desta vez, me levaram para a salinha de controle dos batimentos cardíacos dos bebês e depois de uma meia hora já fui direto para a sala de parto. Nem deu tempo para fazer um ultrassom de controle.

E nisso as contrações já estavam bem próximas. Sentei ainda naquela bola gigante para tentar aliviar as dores das contrações, trabalhando também a respiração, mas não estava dando muito certo. E também não estava dando para controlar direito os batimentos cardíacos. Aí a parteira já pediu para eu ir para a cama, para poder controlar melhor os batimentos da neném e eu já estava entrando no meu transe hipnótico de me sentir fora do meu corpo de tanta dor. No entanto, desta vez, nem aceitamos os remedinhos homeopáticos que eles dão para tentar fazer a gestante desistir de tomar anestesia :-) O Felix foi logo exigindo uma peridural e pronto. A parteira ainda tentou enrolar: "(...) mas ela já está com 7, 8 cms de dilatação, provavelmente até o anestesista chegar a neném já terá até nascido.". Mas ele foi curto e grosso: "(...) então vá agora chamar o anestesista para ele chegar logo.". E olhem, olhem, olhem. Nem cinco minutos depois ele já estava ali.

Fiquei bem feliz por ele ter tomado as rédeas nesta decisão. Tinhamos combinado anteriormente que desta vez eu tomaria a peridural, mas confesso que estava morrendo de medo da anestesia. Embora todas as mamães com as quais eu tinha conversado terem me garantido que era tranquilo, estava meio receosa. Afinal de contas quando fui ao hospital para combinar os detalhes do parto tinham me dado um papel com 4 PÁGINAS DE PAPEL SULFITE de COMPLICAÇÕES E EFEITOS COLATERAIS para eu assinar!!!!!!!!!!!! Tem como não ter medo??? Mas como na hora H eu não estava mais raciocinando direito e a anestesia foi exigida, tomei numa boa.
O anestesista era muito simpático e ficou conversando umas bobagens sobre férias e viagens e foi engraçado ver como pra uns uma coisa é rotina e pra outros é algo único, exclusivo e assustador.
A agulha em si eu nem vi. Acho que eles escondem para não assustar ainda mais as medrosas como eu. Mas não achei as picadas tão dolorosas assim. Pra ser sincera achei bem mais difícil continuar conversando com o anestesista, que me fazia perguntas e que tinha que esperar a contração passar para ouvir minha resposta... E depois de um tempo minha vida realmente mudou para melhor. Eu já estava dentro de mim novamente e não pairando no ar. E as dores se tornaram mais suportáveis.

Com isso entramos na fase de expulsão e confesso que foi tudo muito rápido. Eu fazia esforço, empurrava e a parteira dizia que estava havendo progresso :-) E depois de algum tempo e um corte aquele alívio sem fim: a Helena estava nos meus braços. Que felicidade!!!!!!!! E foi tão lindo poder ficar com ela no colo por quanto tempo eu quisesse, sem a pressa que tivemos na primeira vez, quando a Sophia foi examinada e já levada para a UTI neo-natal... Foi uma experiência muito, muito boa. E rápida - nem 5 horas de trabalho de parto!

E agora estou aqui, do lado da minha princesinha mais nova :-) Amanhã conto como foi o primeiro encontro das duas irmãs.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Helena chegou!!!!!!!!!!!!!!!

Depois de muitas postagens meio tristes e melancólicas, finalmente a boa notícia pela qual todos esperavam: a Helena nasceu!
Não vou dizer que o parto foi indolor, seria mentir muuuuuito descaradamente, né? Mas foi rápido, foi no dia que a Helena escolheu e correu tudo da maneira como eu havia planejado. Mas vou deixar para fazer um relato do parto no próximo post. Hoje só quero deixar uma foto da minha princesinha e dizer a ela que eu a amo muito!

E já estamos em casa esperando a sua visita ;-)

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Boneca de vodu



Esta foi mais uma noite ruim. Os meus famosos músculos intercostais (ou talvez as costelas, pois ainda não dá para descartar a hipótese de fratura) voltaram a dar sinais muito fortes de vida e não me deixaram dormir de jeito nenhum. Ficava revirando na cama e cada vez que me virava para o lado esquerdo (que deve ser o lado em que grávidas dormem) a dor era excruciante.

Depois até acabei achando uma posição esdrúxula, porém interessante para dormir: sentada, apoiada de bruços na cabeceira da cama, como se eu estivesse contando no pique para depois ir procurar alguém em brincadeira de esconde-esconde, sabem? Só sei que esta posição funcionou e eu consegui dormir umas duas horas assim. Mas até eu encontrar esta solução brilhante tive a nítida impressão de que estava sendo alvo de um ataque.

Eu, com minha imaginação já fértil, agora embebida de sono, estava me sentindo como vítima de ataque de bonecas de vodu: sentindo as agulhadas entrando nas minhas costelas. Era eu querer me mexer e aaaaaaaaaiiiiiiiiiiiiiiiii, uma agulhada me derruba.! Uma tréguazinha, respiro fundo, tento me levantar e aaaaaaaaaaaaaaaaiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii! mais uma agulhada. E assim foi a madrugada toda. Hoje de manhã até acordei animada, pois sabia que tinha fisioterapia e na última vez as dores deram uma boa diminuída, mas hoje, infelizmente, não ajudou muito não.

Enfim, amanhã tenho acupuntura, com agulhas de verdade e não só as do fruto da minha imaginação fértil, e espero que as dores diminuam um pouco :-) E se algum de vocês fez uma bonequinha de vodu minha: eu me rendo, eu me rendo! Vou  contar certinho onde enterrei o tesouro secreto, não precisa mais usar as agulhas não :-)

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Para agilizar o parto

Hoje estava pensando que seria legal se tivesse uma mágica para que o parto fosse rápido.

Na verdade, eu estava primeiramente pensando em o que eu poderia fazer para o dia "D" chegar mais rápido. Afinal quando não se tem uma cesariana marcada, o último mês de gravidez é uma grande expectativa. A cada dia acordo pensando: será hoje? E vou dormir pensando: será que minha bolsa vai estourar no meio da noite (como na primeira gravidez)?

Assim começou minha busca no google para ver se tinha alguma simpatia (ando fazendo algumas por causa da tosse, mas confesso que não deu resultado ainda, mas enfim, não custa nada tentar, né?) para fazer o dia "D" chegar mais rápido. Não encontrei nada, mas achei um monte de simpatias para fazer com que o parto itself seja fácil e rápido. No entanto, fiquei bem pasma com o tipo de sugestões!! Então queria compartilhar com vocês as "loucuras" que as mulheres faziam, ou fazem, sei lá, para que tudo saia do jeito que elas querem, heheheh.
Estas dicas maravilhosas foram tiradas deste site:




:: SIMPATIA 01 ::
Simpatias com peças de vestiário:
Quando a criança está demorando para nascer, a mulher deve pegar o paletó do marido e se ajoelhar na cama.

:: SIMPATIA 02 ::
Para resolver depressa o parto, a mulher deve vestir a ceroula do marido.

:: SIMPATIA 03 ::
Quando o parto está muito demorado, o marido deve colocar o chapéu na cabeça e dar 7 voltas ao redor da cama.

:: SIMPATIA 04 ::
Quando a mulher não consegue dar à luz, faz-se o seguinte: ela deve ficar em pé na cama com o chapéu do marido na cabeça e sustentada por um lado pela parteira e do outro lado por qualquer parente homem.

:: SIMPATIA 05 ::
Simpatias de posição:
Para facilitar o nascimento do filho, o marido deverá estar deitado de bruços, enquanto durarem os trabalhos do parto.

:: SIMPATIA 06 ::
Se o parto estiver encrencado, coloca-se a mulher agachada sobre uma gamela emborcada.

:: SIMPATIA 07 ::
Se a criança estiver para nascer com os pés para a frente, o marido e a parteira devem pendurar a parturiente pelos pés acima da cama. Logo se endireitará a posição do nascituro.

:: SIMPATIA 08 ::
Para que a criança desça logo, devem dois homens segurar a parturiente, que permanecerá de cócoras, pelas axilas. Enquanto isso, o marido dará três voltas ao redor da casa, com um peso nas costas.

:: SIMPATIA 09 ::
Simpatias de comida e bebida:
Para apressar o nascimento da criança, a parturiente engole 3 caroços de feijão-mouro.

:: SIMPATIA 10 ::
Chá de ferradura
Coloca-se um machado ou uma ferradura (a primeira que for achada) suja ou limpa, numa vasilha com água. Leva-se ao fogo e deixa-se ferver. Dá-se a água fervida para a mulher em trabalhos. Serve para retardar o parto, enquanto não chega socorro.

:: SIMPATIA 11 ::
Chá de tiro de espingarda
Se a mulher estiver demorando a dar à luz, o marido atira para o ar com uma espingarda, lava o cano da arma e, com a água usada para isso, faz um chá para a mulher beber. A criança nascerá imediatamente.

:: SIMPATIA 12 ::
Chás dos três três
Torram-se três galhos de arruda, três de alecrim, três de erva cidreira. Acrescenta-se ao pó uma xícara de chá de sene. A parturiente toma uma xícara cheia de uma vez e logo se resolve o seu caso.

:: SIMPATIA 13 ::

Excreto
Quando o parto é difícil, a parturiente deve tomar uma xícara de urina de gente, de preferência do marido.

:: SIMPATIA 14 ::
Simpatia usando objeto
Previne-se a demora do parto, colocando no pescoço da mulher grávida, ao chegar a hora, um rosário de sementinhas de melão de São Caetano.

:: SIMPATIA 15 ::
Reza-Simpatia
Para um parto rápido e feliz, faz-se a parturiente riscar no chão uma cruz com o dedão do pé, invocando Nossa Senhora do Bom Parto.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

De volta ao mundo dos vivos e ansiedade pré-parto

Já que a tosse não quer passar mesmo, decidi que eu não iria ficar passando os meus últimos dias de licença em casa. Então fui hoje pra natação e à tarde voltei a levar a Sophia para a aula de ginástica dela.

A aula de ginástica eu poderia ter deixado pra lá. A professora oficial da turminha não foi e a substituta, ai, ai, ai.... Tadinha. Tá certo que sempre é difícil uma primeira vez. Mas ela conseguiu dar uma das piores aulas ever.
Ela chegou, não cumprimentou as crianças, não perguntou pelo nome delas, não se apresentou, simplesmente começou a montar um pequeno circuito pras crianças brincarem e pronto. Depois de montado (ou semi, pois as crianças sempre começam a mudar a ordem dos objetos assim que têm a chance) ela se limitou a remontar o que as crianças tinham alterado e de 5 em 5 minutos, mais ou menos, chamava as crianças: venham brincar aqui. Mas sem maiores entusiasmos ou incentivos.
Aff. Fiquei um pouco irritada, afinal eu tirei a Sophia do parquinho, num dos únicos dias de sol e de menos frio desde o início do ano, para levá-la à ginástica e daí esta bagunça de aula... Mas criança é criança e ela gostou e começou finalmente a se soltar um pouco. Chamou outras crianças para brincar, ia olhar curiosa o que os outros estavam fazendo e começou a proteger "seus" brinquedos também. Espero que continue assim na próxima vez, quando a professora oficial estiver presente.
Outra da professora substituta: de repente um menino pediu para ir ao banheiro. Em vez de ela chamar o pai do mesmo, ela resolveu fazer uma pequena enquete de quem também queria ir e simplesmente saiu da sala, com umas 5 crianças. Tudo bem, eu estava na sala e podia dar uma olhadinha, mas e se não tivesse??? Como que ela me deixa aquele as outras 7 crianças sozinhas? Só sei que fiz uma anotação mental para nunca deixar a Sophia na ginástica quando a substituta estivesse por lá.

Já a natação foi gostosa. Foi bom ter feito exercício, ter visto outras futuras mamães com seus barrigões e de ter me sentido, por alguns minutos, muuuuuito mais leve. Hoje só tinha uma mamãe com a data prevista para o parto anterior à minha! Ou seja, em princípio sou a segunda da fila :-)
Engraçado que esta ansiedade não é só minha. A Sophia também acha que minha barriga já cresceu o que tinha para crescer. Todos os dias ela me me pergunta se a neném já nasceu e me diz qual é o nome do dia. Ela geralmente escolhe nomes das amiguinhas da escolinha: Charlotte, Jasmin, Adriana; das professoras da escola: Kimberley, Susan, Janina e também nomes que ela tira de livros: Rapunzel, Chapeuzinho Vermelho, Gabriela, Vitória e assim por diante.

Hoje o nome era Rapunzel. Vamos ver o que vai ser no dia do nascimento :-) E que ele, o grande dia D venha logo!

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Cansei de falar de tosse!

Então nem vou contar que depois de ter ido ao pneumologista, de ter começado a tomar uma medicação contra asma e de ter recebido um diagnóstico de que eu possa talvez ter trincado ou fraturado uma costela de tanto tossir (quem sabia que isso podia acontecer levante a mão!) parei de tomar o tal do remédio por me dar uma taquicardia louca durante duas horas seguidas, a cada inalação.

Não, só vou falar que estou ansiosa para conhecer minha princesinha, para pegá-la no colo e apresentá-la à irmã mais velha que também não fala mais de outra coisa. Já estou agora na 39ª semana de gestação e nunca pensei que fosse chegar tão longe. Se na primeira vez o parto foi prematuro, agora o medo é que ela venha muito depois do tempo e que o parto tenha que ser induzido de novo, desta vez por atraso :-)

Mas por hoje é só. Amanhã tenho que ir à ginecologista de novo e espero que ela me diga que eu deveria sair de lá e ir direto pro hospital!

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Dor é natural - Parte 2


 Resolvi que não iria ser uma resignada com tosse e falta de ar. Na segunda-feira acabou não dando certo de ir ao pneumologista: a minha amiga Vi ligou para a clínica que ela conhece, explicou a situação toda, implorou, mas não teve jeito. Na segunda eles não conseguiriam me encaixar de jeito nenhum e pediram para eu ir na terça bem cedo. Ou seja, tive uma segunda-feira horrorosa. Tossia, tossia, tossia, não conseguia nem falar ao telefone direito e comecei a sentir dor de garganta e de ouvido.
Mas estava me sentindo tão fraca e até mesmo um pouco desorientada (provavelmente pela privação de sono) que liguei para o maridão, pedindo para buscar a Sophia na escolinha (o que normalmente eu sempre faço).

Maridão ficou preocupado, afinal se eu estava pedindo para ele, era porque a situação estava feia mesmo.
Pausa: É que eu adoro buscar a princesinha, não tem coisa mais gratificante do que ver aquele sorrisão dela se abrindo ao me ver, vê-la correndo em minha direção para me dar aquele abraço! E ela ainda fala coisas super fofas, como "que bom que você chegou", ou conta toda exibida para as outras crianças: "é a MINHA mamãe", como se realmente não tivesse mãe igual no mundo. É lindo! Fim da pausa.

Então ele saiu do trabalho, no meio da tarde mesmo e decidiu que tinhamos que ir pelo menos a um otorrino, para checar o ouvido e a garganta. A médica foi super prestativa, examinou tudo o que tinha direito e chegou à conclusão que estava sentindo a garganta pela tosse excessiva e que o ouvido estava com muita cera (eca!) e a pressão da mesma é que estava causando o meu desconforto.
Ela fez um ultrassom das fossas nasais, enfiou um caninho na minha garganta e no nariz, ou seja, não se fez de rogada para dizer que o problema era realmente pulmonar e como é que eles tinha me deixado ir embora do hospital sem me dar uma medicação adequada. Comentário literal dela: "mas você já estava respirando deste jeito? Chiando assim?" E eu, só no: pois é, né?....

Confesso que fiquei feliz com este comentário dela :-) Pois era uma prova de que eu não estava ficando louca. E que tinha um problema a tratar. A médica sugeriu que eu fosse realmente ao pneumologista no dia seguinte, mas como já estava um pouco tarde (umas 5 horas) disse que eu, na verdade, deveria voltar ao hospital para ser medicada ainda naquela noite. E me deu uma guia de internação.

Nós até chegamos a ir ao hospital.
Pausa: Sophia me pergunta toda feliz: "É agora que vai nascer a minha irmãzinha, mamãe?"
Ela é um doce, não é??? Fim da pausa.
Mas ao (re)ver aquele lugar, aquelas pessoas e ao recordar como eu não fui ajudada por ali, nem 48 horas antes, resolvi ir pra casa. Passar mais uma noite horrível.

Depois da noite terrível fui ontem, finalmente, ao especialista. Que disse que a) eu estava com bronquite asmática, b) que o pessoal do hospital devia estar delirando ao me mandar pra casa sem me dar ao menos algo para fazer inalação (!!!!) e c) que minha capacidade respiratória estava péssima. Resultado: receitou dois preparados para fazer inalação e mais duas "bombinhas" de asma diferentes. E me disse que vou ter que fazer um tratamento a longo prazo. Vou ter que ficar inalando até mesmo depois do parto e vou ter que ficar voltando à clínica dela semanalmente...

Não vou dizer que já sarei. Mas estou me sentindo melhor, sim. Não estou mais chiando tanto e os ataques de tosse estão menos frequentes. Esta noite ainda dormi mal, mas uma leve insônia na gravidez também faz parte, não?

Vejamos como será a noite de hoje...